AL deve recorrer ao STJ para prosseguir com processo de cassação de Jardel
Votação está suspensa desde 5 de julho por determinação do TJRS
publicidade
O caso Jardel está suspenso, na Assembleia Legislativa, desde 5 de julho, quando a desembargadora Catarina Rita Krieger Martins aceitou recurso da defesa do deputado. A desembargadora considerou que o parlamentar não teve direito à defesa ampla pelo fato de não ter sido ouvido pelas comissões que analisaram o caso.
Em agosto, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado (TJ/RS) manteve a liminar que suspendeu o julgamento na Assembleia contra o deputado Jardel. Dezesseis desembargadores, de um total de 23, entenderam que o parlamentar deve ser ouvido antes que o processo de cassação de mandato vá a Plenário. Jardel não prestou depoimento durante o rito da acusação na Assembleia pois estava em licença médica, por conta de depressão.
A relatora, desembargadora Catarina Rita Krieger Martins, votou pela manutenção da liminar e negou o recurso de agravo encaminhado pela presidente da Assembleia Legislativa, deputada Silvana Covatti, e os presidentes das Comissões de Ética, deputado Juliano Roso, e de Constituição e Justiça, deputado Vilmar Zanchin.
Em outro processo, a desembargadora também negou um recurso da defesa de Jardel, que alegou abuso de Direito em procedimentos da Assembleia.
O desembargador Diógenes Vicente Hassan Ribeiro pediu vista do processo e hoje apresentou voto divergente. Só seis desembargadores, porém, acompanharam o entendimento.
Relembre o caso
O deputado Mário Jardel é acusado pelo Ministério Público (MP), com outras dez pessoas, de integrar uma organização criminosa criada para se apropriar de diárias, manter funcionários “fantasmas” e exigir o repasse de parte dos salários de assessores. A estimativa do MP é de que pelo menos R$ 212 mil possam ter sido desviados com o auxílio de documentação forjada.
Processo de cassação
Por unanimidade, os 11 deputados que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia deram parecer favorável ao relatório que pede a cassação do mandato de Jardel. O processo teve como relator Elton Weber (PSB).