Alckmin diz que ainda não abriu conversas com PMDB porque partido tem candidato

Alckmin diz que ainda não abriu conversas com PMDB porque partido tem candidato

Tucano minimizou dificuldade em fechar alianças

AE

Alckmin diz que ainda não abriu conversas com PMDB porque partido tem candidato

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O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin reiterou nesta terça-feira que não conversa com o PMDB sobre uma aliança no plano nacional neste momento, uma vez que o partido tem candidatura própria, a do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O tucano também minimizou a dificuldade em fechar alianças e lembrou que nenhum outro pré-candidato fez as parcerias ainda. "Nós já temos aliança encaminhada com quatro partidos. Agora, com o MDB não tem conversa porque tem eles têm candidato", afirmou o ex-governador de São Paulo, que concedeu entrevista pela manhã à rádio Jovem Pan.

"O fato é que, por causa das mudanças eleitorais, as decisões de aliança e de vice, que eram sempre em junho, agora serão no fim de julho ou no início de agosto", resumiu o ex-governador. Alckmin evitou comentar sobre se a baixíssima popularidade do presidente Michel Temer não seria "tóxica" para a sua campanha, mas ressaltou a importância de estabelecer pontes e canais de diálogo e elogiou o trabalho que o ex-governador de Goiás Marconi Perillo e o ex-presidente Fernando Henrique Cardosos têm feito em nome de sua campanha.

O ex-governador também procurou desfazer a polêmica criada após ter chamado o emedebista de ilegítimo, dizendo que foi mal entendido. "Eu já fui governador com e sem voto, é diferente. Presidente Temer não teve voto, então tem muito mais dificuldade, para passar reformas constitucionais. O Itamar (Franco) também não fez nenhuma emenda constitucional", exemplificou.

Pesquisas


Com índices de intenção de voto oscilando na entre 6% e 8%, Alckmin manteve o discurso de que as pesquisas eleitorais, neste momento da pré-campanha, ainda não traduzem o sentimento da população e deu como exemplo a eleição em Tocantins, onde os dois primeiros colocados nas pesquisas não chegaram ao segundo turno no mês passado. Ele também negou que o fracasso em costurar um palanque único em São Paulo tenha contribuído para seu mal desempenho nas enquetes. "FHC teve dois candidatos apoiando ele (1994)", lembrou.

Privatizações

Na entrevista, o tucano falou ainda sobre seu plano de privatização, caso seja eleito. Ele garantiu que não vai privatizar o Banco do Brasil e a Petrobras. Com relação à estatal petrolífera, defendeu apenas a quebra do monopólio do refino. Disse, porém, que pretende estudar a privatização da Caixa e dos Correios, dentre outras. "Não vamos resolver os problemas do País à base da bala", afirmou, criticando o adversário Jair Bolsonaro (PSL).

Apesar da crítica, disse que não tem adversários neste pleito e que sua campanha é a favor do povo brasileiro. "O País está muito dividido, há muito ódio, o próximo governo não será fácil, temos de ter convencimento e muito diálogo, trazendo o povo junto da classe política", finalizou.

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