Aldo Rebelo diz que pretende trocar nomes no Esporte

Aldo Rebelo diz que pretende trocar nomes no Esporte

Decisão foi tomada após reunião com ex-ministro Orlando Silva

AE

Aldo Rebelo diz que pretende trocar nomes no Esporte

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O novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse nesta quinta-feira que pretende trocar o secretário executivo da pasta e também outras pessoas do Ministério. A decisão foi tomada após reunião à tarde na casa do ex-ministro Orlando Silva. Questionado se o secretário executivo, Waldemar Souza, ficaria com sua nomeação, Aldo respondeu: "Não".

Ele disse ainda que deverá levar pessoas de confiança e vai avaliar os nomes que hoje trabalham na pasta. "É evidente que haverá mudança. Mas tenho que analisar o perfil de todos que estão lá", afirmou. Aldo disse ainda que não definiu se tomará alguma medida drástica em relação aos convênios do Ministério com ONGs suspeitas.

"Eu preciso ainda tomar pé da situação do Ministério", ressaltou. Participaram da reunião na casa de Orlando, além de Aldo, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo; o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros; e o líder do PCdoB na Câmara, Osmar Júnior (PI).

Sobre sua relação com a Fifa, já que tem a missão de gerir assuntos da Copa do Mundo de 2014, ele avaliou que atitudes prévias de contestação da entidade não vão atrapalhar as tratativas. "Não creio que haja ressentimento da minha atividade como deputado, ter levado denúncias contra a Fifa na época da CPI do Futebol", salientou o ministro.

Quanto à polêmica da Lei da Copa, Aldo salientou que, apesar de ter defendido a meia-entrada até o momento, agora sua posição é defender os intereses do governo. "Como ministro do Esporte tenho compromisso com este projeto. Não sei se a Câmara pretende mudar ou alterar a lei da Copa. Como integrante do poder executivo é preciso respeitar, mas preciso resguardar a posição do governo", enfatizou.

O novo ministro afirmou, ainda, que não pretende fazer novos convênios com organizações não governamentais (ONGs). Ele afirmou que a intenção é firmar parcerias com órgãos públicos, como prefeituras. A decisão não se restringiria ao Programa Segundo Tempo, salientou.

Biografia

Nascido em Alagoas, Aldo está no quinto mandato de deputado federal. Ele foi eleito pelo PC do B de São Paulo. Jornalista e escritor, iniciou a atuação política como líder do movimento estudantil e chegou a presidir a União Nacional dos Estudantes (UNE). Ele também é um dos fundadores da União da Juventude Socialista (UJS).

Sua militância o levou a se eleger vereador em São Paulo, primeiro cargo no Legislativo. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (2008-2010), Aldo foi presidente da Câmara dos Deputados, ministro de Relações Institucionais e líder do governo na Câmara.

No primeiro semestre deste ano, Aldo Rebelo foi relator do projeto do novo Código Florestal, matéria que dividiu a base governista e chegou a ser aprovada na Câmara dos Deputados. A proposta agora é discutida no Senado.

Aldo é conhecido por sua postura nacionalista. Um dos projetos apresentados por ele é o que prevê a redução de estrangeirismos na língua portuguesa.

Ele assume a vaga de Orlando Silva que deixou o Ministério do Esporte depois de o STF instaurar inquérito para apurar denúncias de desvio de dinheiro em ações da pasta. Há duas semanas, o policial militar João Dias acusou o ex-ministro de participar de um esquema de desvio de recursos públicos do programa Segundo Tempo. A denúncia foi publicada pela revista Veja. Desde então, Orlando Silva vem negando participação no esquema, tendo prestado informações ao Congresso Nacional. Ele também pediu ao Ministério Público que o investigasse para garantir sua inocência.

O ex-ocupante da pasta e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também é acusado de desviar dinheiro do programa. A ministra Cármen Lúcia determinou que o inquérito que já investiga Agnelo Queiroz no Superior Tribunal de Justiça (STJ) fosse levado ao STF para que ela avaliasse se o processo deve correr em conjunto com o de Orlando Silva. De acordo com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, há uma “relação intensa” entre os casos. Com a saída de Orlando Silva do ministério, o inquérito passa a ser conduzido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).






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