Ana Amélia admite ter sido CC e nega ilegalidade

Ana Amélia admite ter sido CC e nega ilegalidade

Candidata a governador exerceu o cargo público em 1986

Correio do Povo

Ana Amélia disse que deve ser avaliada pelo seu mandato no Senado e não por um fato de 30 anos

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A senadora e candidata ao governo do Estado, Ana Amélia Lemos (PP), admitiu nesta sexta que foi Cargo em Comissão (CC) do marido falecido, o senador biônico Octávio Omar Cardoso, em 1986. A informação, publicada pelo site de notícias Sul21, revela que Ana Amélia foi CC na função de secretária parlamentar, recebendo salário mensal de Cr$ 9 mil, o equivalente a cerca de R$ 8,1 mil em valores atualizados.

Ana Amélia teria exercido o cargo público enquanto era funcionária celetista na sucursal do Grupo RBS, em Brasília. O regime de trabalho do seu CC, segundo os documentos apresentados junto com a matéria, era de 40 horas semanais. A fiscalização do cumprimento da jornada cabia ao chefe de gabinete. Nove meses após ser nomeada, Ana Amélia deixou o cargo.

Por nota, a candidata que está em campanha na Fronteira Oeste do Estado, declarou que “na política brasileira, alguns partidos se especializaram em tentar destruir reputações, como ocorreu recentemente com as biografias de dois conhecidos jornalistas. Agora, vasculham minha vida e o que encontram? Trabalho! Um contrato de 1986, no qual prestei por 11 meses assessoria parlamentar no Senado quando era jornalista em Brasília”, reclamou a senadora.

Ana Amélia contou que, como à época, não havia acesso a tecnologia digital, prestava assessoria de imprensa e fazia clipagem de notícias para o gabinete, em atividades distintas das exercidas nos veículos de comunicação onde estava empregada.

Por fim, a candidata ressalva: “Após a Constituição de 1988 é que foi admitido o impedimento de parentes no setor público”, lembrou. E reiterou suas críticas ao governo petista: “O fato de ter ocupado esse cargo não me proíbe, hoje, de criticar os abusos nessas contratações. O que critico é o excesso de CCs no Rio Grande do Sul, pois o atual governo possui 6 mil funções comissionadas. Devo ser avaliada pelo meu mandato no Senado e não por um fato de 30 anos que não possui ilegalidade”, concluiu.

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