Anderson Torres diz ao TSE que Polícia Federal nunca encontrou fraudes nas urnas eletrônicas

Anderson Torres diz ao TSE que Polícia Federal nunca encontrou fraudes nas urnas eletrônicas

O R7 teve acesso ao depoimento sigiloso do ex-ministro na ação sobre a conduta de Bolsonaro na reunião com embaixadores

R7

Anderson Torres, secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro da Justiça

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O ex-ministro da Justiça Anderson Torres afirmou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que, mesmo após ter participado de uma live em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou haver fraudes nas eleições, nunca teve acesso a informações da Polícia Federal que confirmassem esse discurso. O R7 teve acesso ao depoimento, que é sigiloso e apura a conduta de Bolsonaro durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho do ano passado. Na ocasião, o ex-presidente levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou o sistema eleitoral brasileiro.

"A única coisa que eu tinha em mãos eram esses trechos desses relatórios. E tudo que foi falado foi com base nesses trechos desses relatórios. Nada além disso, não tinha outro documento, não tinha análise de nada. Eram esses relatórios públicos, que são encaminhados ao Tribunal Superior Eleitoral nesse chamamento público", disse Torres.

Segundo Torres, a Polícia Federal nunca apresentou, pelo menos para ele, o resultado de alguma investigação que concluísse que existia fraude na eleição. Nesta mesma ação — para a qual Torres depôs na terça-feira (27) —, o corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, votou para tornar Bolsonaro inelegível por oito anos. Para Gonçalves, está configurado abuso de poder político no uso do cargo de presidente por Bolsonaro. Segundo o ministro, houve desvio de finalidade no uso do "poder simbólico do presidente e da posição do chefe de Estado" para "degradar o ambiente eleitoral".


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