Andrade Gutierrez admite suborno em obras da Copa, diz jornal
Empreiteira atuou na reforma do Maracanã e Beira-Rio e construiu o Mané Garrincha e a Arena Amazonas
publicidade
• Presidente da Andrade Gutierrez vira réu na Lava Jato
• Presidente da AG fica em silêncio na Lava Jato
• Leia mais sobre a Operação Lava Jato
Conforme reportagem do jornal, o valor a ser pago pela empresa e a confissão da prática de corrupção dificultavam o acerto para o acordo. Agora, a empresa acredita que possa ficar livre de ser proibida de celebrar contratos com o poder público. Otavio Azevedo, presidente afastado da AG, não queria confessar o pagamento de suborno. Otavio teria sido convencido por executivos da empresa.
Na Copa do Mundo, a Andrade Gutierrez atuou, sozinha ou em consórcio, na reforma do estádio do Maracanã, no Rio, do Mané Garrincha, em Brasília, do Beira-Rio, em Porto Alegre, e na construção da Arena Amazonas, em Manaus (AM).
Ainda segundo apurou o jornal, há uma série de relatos de pagamento de suborno por parte da Andrade Gutierrez. O primeiro delator da Operação Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, contou ter recebido US$ 4 milhões da Andrade em um contrato da Petrobras. Outro réu, o lobista Fernando Soares, disse que pagou valores bem maiores.
Procurada pela reportagem do jornal, a Andrade Gutierrez não havia se pronunciado até este momento. O acordo terá de ser homologado pelo juiz Sergio Moro, porque relata crimes na Petrobras, e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki .
A Andrade foi acusada junto com a Odebrecht de ter pago R$ 632 milhões de suborno em contratos com a Petrobras.