Aos 80 anos, Pujol assume presidência da Câmara de Porto Alegre representando bloco independente

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre deu posse na tarde desta quinta-feira a sua nova Mesa Diretora, tendo como presidente o vereador Reginaldo Pujol (DEM), mais antigo integrante do parlamento municipal com oito exercícios de mandato, aos 80 anos de idade. Declarando-se emocionado, o presidente dirigiu-se aos convidados na solenidade para dizer que pretende conduzir os trabalhos com normalidade e distanciamento das questões eleitoriais que deverão permear as disputas políticas em 2020.

"A paz, diante de qualquer conflito, é sempre fruto da negociação e do entendimento que se deve respeitar a posição de quem discordamos, seja na vitória, seja na derrota. Quando persiste a batalha e a intriga, isso é ruim para os dois lados. Tivemos, em 2019, um ano pouco inspirado. Vamos buscar o diálogo para que cada briga seja apenas pela defesa das posições na forma da democracia", afirmou.

Em sua manifestação, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) dirigiu agradecimentos de forma genérica aos vereadores, destacando o reconhecimento a todos, inclusive aos que fazem oposição ao seu governo. Dirigindo-se a Reginaldo Pujol, apontou o fato de que, como vice-presidente, o vereador presidiu metade das sessões plenárias realizadas em 2019, entre elas a que aprovou a revisão do IPTU em Porto Alegre. “Não fugiu a sua responsabilidade e ao compromisso enquanto parlamentar”, destacou o prefeito.

Marchezan, no entanto, não fez qualquer comentário sobre a presidência realizada no ano passado pela vereadora Mônica Leal (PP), com quem travou disputas políticas que culminaram no afastamento entre tucanos e progressistas da Capital, os quais haviam sido aliados nos dois primeiros anos da gestão e da Legislatura.

Ao final da solenidade, houve protesto do vereador Roberto Robaina (PSol), que reivindicou o direito de ser empossado presidente da Comissão de Urbanização, Tranportes e Habitação antes do encerramento da sessão. “Fui eleito pela maioria e tenho que ser empossado como todos”, queixou-se. Robaina considerou inapropriado que outros presidentes de comissões tenham sido empossados e sua posse tivesse sido retirada do protocolo, o que, mais tarde, foi retificado.