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Após decreto, Marchezan alerta para dever de cidadãos em manter distanciamento em Porto Alegre

Prefeito considera infrutífera discussão sobre fechamento da Orla do Guaíba

Marchezan descartou fechamento da Orla do Guaíba | Foto: Luciano Lanes / PMPA / Divulgação / CP

Um dia após a flexibilização da abertura de bares, restaurantes e shoppings em Porto Alegre, o prefeito Nelson Marchezan Júnior falou sobre a sua expectativa para a cidade em relação ao decreto. Ele aposta no entendimento dos cidadãos em relação à importância do distanciamento social, mesmo com a medida que libera locais que normalmente provocam aglomerações. Marchezan também descartou, ao menos por enquanto, o fechamento da Orla do Guaíba, lugar que tem sido ponto de reunião de milhares de pessoas aos finais de semana. 

"A minha expectativa é de que os porto-alegrenses possam entender a sua responsabilidade individual em relação ao distanciamento, ao capricho pela higiene. Isso irá nos ajudar a voltar ao normal, ou então teremos uma nova estratégia de isolamento. Eu sei que é uma mudança de hábitos. Eu tenho este hábito de cumprimentar as pessoas, abraçá-las, mas espero que a gente possa avançar no retorno ao que entendemos como normal, ou quase normal. Espero que não tenhamos uma guerra, porque a ideia é educar as pessoas e não discutir se determinada pessoa está de máscara ou não, se vai à orla ou não. A única guerra que existe é contra o coronavírus", disse nesta quarta em entrevista à Rádio Guaíba. 

Ao falar da aglomeração recorrente na Orla do Guaíba, Marchezan explicou que não está no horizonte da administração municipal a intenção de fechar o espaço. "A Orla é um parque e existem 670 parques e praças em Porto Alegre. Alguém imagina a prefeitura fechando todos esses espaços? Não tenho a intenção de fechar a orla agora e vejo isso como uma discussão infrutífera. O ideal é que as pessoas andem de forma isolada em qualquer ambiente, mas elas podem se reunir em um lugar aberto, como um parque. Se não for assim, as pessoas que estiveram na Orla, que trocaram abraços e fizeram rodas de chimarrão, cometeram uma irresponsabilidade, mas poderiam fazer isso num lugar pior, num apartamento, em local fechado", argumentou. 

Preocupação com leitos 

Marchezan ainda considerou que o novo decreto não tem como regrar a vida de de 1,5 milhão de pessoas que vivem em Porto Alegre. "Se a gente pudesse pedir às pessoas que mantivessem o distanciamento, os hábitos higiênicos, a gente não precisaria suspender nada. Isso, porém, é impossível. As pessoas que estiveram na orla fariam isso em qualquer lugar, na sua rua ou nos seus condomínios", acrescentou. 

O prefeito destacou ainda que há 20 dias Porto Alegre viveu o pico de utilização de leitos por pessoas infectadas pelo novo coronavírus. "Tínhamos 43 pessoas na UTI e hoje temos 44 leitos usados. Temos uma capacidade maior do que isso, mas o vírus permanece entre nós. Os cuidados com a higiene deverão continuar porque o vírus vai passar de um cidadão para o outro. O que não podemos conceber é que as pessoas não tenham atendimento. Algumas pessoas irão morrer, infelizmente, mas não podemos admitir que isso aconteça sem atendimento", frisou. 

Correio do Povo