Após defender impeachment de Dilma, Giovani Cherini é expulso do PDT
Deputado contrariou orientação do partido e votou pela admissibilidade do afastamento da presidente, em abril
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Outros três deputados ainda serão submetidos a julgamento, mas a tendência é de que apenas Cherini seja expulso. A justificativa do partido para optar pela expulsão apenas do gaúcho foi o comportamento do parlamentar antes da votação da admissibilidade do processo de impeachment pela Câmara, em 17 de abril. Cherini, conforme o partido, usou redes sociais e falou abertamente à imprensa sobre o posicionamento que tinha acerca da questão. O PDT ameaçou todos de expulsão, à época, incluindo os senadores, que serão julgados em separado em data ainda indefinida.
Durante o programa Esfera Pública de hoje, na Rádio Guaíba, ao comentar o risco de expulsão após quase três décadas no partido, Cherini afirmou: “o PDT vai perder com isso e eu vou perder com isso. Seremos dois derrotados”. Ainda de acordo com o parlamentar gaúcho, em relação a possíveis tratamentos diferenciados entre deputados e senadores do partido que votaram pelo impeachment (o que já se confirmou), ele disse que “neste país, muitas injustiças acontecem”.
Questionado sobre uma nova sigla, o deputado disse que “muitos partidos” o procuraram. Cherini ainda ressaltou os “expressivos resultados nas urnas” e os 28 anos de militância no PDT. Justificando a desobediência acerca da orientação do partido, o deputado disse que “votou com a vontade de boa parte do Brasil”.
Como o desligamento de Cherini não foi voluntário, e sim motivado por expulsão, o mandato segue mantido.