Após reunião com Centrão, Alckmin decide retomar críticas a Bolsonaro
Estratégia do Tucano é apresentar como voto útil para movimento "anti PT"
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A reunião foi convocada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, coordenador político da campanha de Alckmin, e reuniu dirigentes do PR, PSD, PTB, PRB, SD e PSDB no comitê do programa de governo, no Jardins, na zona sul da capital paulista. Entre os participantes estavam Valdemar Costa Neto, do PR, Roberto Freire, do PPS, Guilherme Mussi, do PP, Silvio Torres, do PSDB, e o marqueteiro Lula Guimarães.
No encontro, Alckmin e seus auxiliares apresentaram aos aliados do Centrão as mudanças que serão feitas na estratégia de campanha e tentaram tranquilizar o grupo. Segundo relatos de participantes do encontro, os dirigentes dos partidos da coligação que apoiam Alckmin temem que Bolsonaro possa vencer no 1.° turno ou ir para o 2.° com Fernando Haddad, candidato do PT. Como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira, Alckmin tenta impedir uma debandada do Centrão - o tucano está estagnado nas pesquisas de intenção de voto.
"Não há hipótese dessa eleição acabar no 1° turno. Esqueça. Essa é a eleição mais pulverizada desde 1989", disse ACM aos jornalistas na saída do encontro. Ainda segundo o prefeito de Salvador, o ataque a Bolsonaro em Juiz de Fora (MG) deixou todos os candidatos em "compasso de análise". "Enquanto um dos candidatos lutava pela vida, não era razoável fazer um determinado tipo de enfrentamento político. Mas não iremos, em 7 de outubro, viver uma eleição entre a prisão e uma facada", disse ACM.
"Não podemos deixar de evidenciar as fragilidades da candidatura de Bolsonaro", concluiu. Quando questionado sobre as traições de aliados nos Estados, o prefeito minimizou. "Isso está acontecendo em todos os partidos, e não só da nossa coligação".