Após reunião com Dilma, Orlando Silva diz que segue no cargo

Após reunião com Dilma, Orlando Silva diz que segue no cargo

Presidente afirmou em nota que o governo não condena ninguém sem provas

AE

Orlando Silva diz que segue no cargo

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O ministro do Esporte, Orlando Silva, declarou, nesta sexta-feira, ao deixar reunião no Palácio do Planalto, que a presidente Dilma Roussef se mostrou ''tranquila e confiante'' e que o orientou a ''continuar trabalhando''. Havia a especulação de que esse seria o último encontro oficial de Orlando Silva com Dilma e que ele seria forçado a deixar a pasta.

"Na conversa esclarecemos todos os fatos e todas as acusações que tenho sofrido. Desmascarei todas as mentiras diante da presidente", disse o ministro. De acordo com ele, a orientação da presidente foi no sentido de que o trabalho continue. "A presidente me sugeriu serenidade e paciência. Dilma reafirmou a confiança no nosso trabalho", disse.

Segundo o ministro, tanto ele quanto o partido não hesitarão em fazer suas defesas diante das acusações. Silva afirmou que a revista Veja "não apresentou provas porque não houve, não há e não haverá essas provas. É uma mentira, uma farsa".

O Palácio do Planalto publicou nota oficial, com a posição de Dilma após o encontro. "O governo não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência", declarou a presidente. "Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente”, reforçou ela.

Silva passou o dia fazendo despachos internos no ministério e chegou ao Planalto pela entrada dos fundos, pouco depois das 19h. Esperou cerca de meia hora até ser recebido por Dilma. Sem saber ainda seu futuro, o ministro não atendeu a imprensa, mas preparou uma longa nota, publicada na página do ministério, para se defender das acusações.

• Leia mais sobre o caso Orlando Silva

Com a agenda atrasada, a presidente recebeu primeiro o empresário Eike Batista e o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que vieram tratar de investimentos em uma fábrica de Tablets no Brasil.  Eram 19h40min quando a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou oficialmente que o ministro estava com a presidente.

Orlando Silva está sob pressão desde a entrevista dada pelo policial militar João Dias Ferreira à revista Veja. O PM acusou Orlando de fazer parte e receber dinheiro do esquema de desvios de verba do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O ministro nega as acusações.

A situação se agravou nesta sexta, quando o Grupo Estado divulgar documentos que mostram que Anna Cristina Lemos Petta, mulher do ministro, recebeu dinheiro da União por meio de uma ONG comandada por filiados ao PCdoB, partido do marido e ministro. É a própria Anna Petta quem assina o contrato entre a Hermana e a ONG Via BR, que recebeu R$ 278,9 mil em novembro do ano passado.

A entrevista somou-se à cobrança que ele já vem sofrendo por causa das irregularidades em sua pasta, que faz parte da organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. As denúncias fragilizaram o ministro e sua permanência no cargo preocupa o Palácio do Planalto em relação ao futuro desses eventos.









R7 Notícias

Ministério do Esporte volta a ser alvo de denúncias





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