Após RJ, Rio Grande do Sul deve pressionar governo federal por ajuda financeira

Após RJ, Rio Grande do Sul deve pressionar governo federal por ajuda financeira

Estado vai aproveitar reuniões entre secretários da Fazenda e governadores nesta segunda-feira

Bibiana Borba / Rádio Guaíba

Giovani Feltes vai aproveitar visita a Brasília para cobrar que a União ajude a aliviar cofres gaúchos

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Apesar de não cogitar um decreto de calamidade pública como o emitido pelo Rio de Janeiro, o governo do Rio Grande do Sul deve pressionar a União por um auxílio semelhante para enfrentar a crise. O secretário da Fazenda do Estado, Giovani Feltes (PMDB), vai aproveitar visita a Brasília, na próxima segunda-feira, para cobrar que a União também ajude a aliviar os cofres gaúchos. Feltes entende que, mesmo não sediando um evento da magnitude dos Jogos Olímpicos, o Rio Grande do Sul e Minas Gerais também merecem apoio neste momento.

“Nós imaginamos que o governo federal vá dar aos três estados em maior dificuldade, na exata dimensão da proporcionalidade, condições para superar este momento de grande desequilíbrio fiscal. Assim como imaginamos que o Rio de Janeiro pode ter confirmado um benefício, imaginamos que, para o Rio Grande do Sul, isso também possa ser concedido, já que nos encontramos em situação de dificuldades e problemas em volume significativo, que devem ter por parte do governo federal esse olhar mais compreensivo que está tendo com o Rio de Janeiro, pelo que parece”, declarou.

Ao estado carioca, o governo anunciou a liberação de uma verba de R$ 2,9 bilhões para a garantia de compromissos firmados para as Olimpíadas. Sem detalhar reivindicações específicas, o titular da Fazenda ressalta que o Estado poderia se contentar com algum tipo de auxílio sem repasse financeiro.

“Muitas vezes não há necessidade de que seja diretamente um recurso financeiro. Pode haver outras alternativas que beneficiem o Estado do Rio Grande do Sul e que possam fazer frente às nossas dificuldades. Então, vamos aguardar aquilo que vai ocorrer na reunião de segunda-feira, do conjunto dos secretários de Fazenda dos estados, e, depois da reunião com o presidente da República”, indicou.

Feltes participa da reunião de secretários com a equipe do Tesouro Nacional, pela manhã, e o governador gaúcho, José Ivo Sartori (PMDB), encontra o presidente interino Michel Temer à tarde, na segunda-feira. A crise nos cofres públicos levou o Piratini em junho a pagar de forma parcelada pelo quarto mês seguido o salário do funcionalismo. A folha completa do Poder Executivo fechou o mês passado em R$ 1,4 bilhão.

Sartori já esteve com Temer no último dia 8, para tratar da questão da dívida do Rio Grande do Sul com a União. Na ocasião, o governador solicitou ao presidente que o governo federal não efetue bloqueio das contas de arrecadação do Estado e nem retenha parcelas de transferências constitucionais, para quitação de parcelas da dívida.

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