Apartamento de Palocci em SP estaria em nome de laranja

Apartamento de Palocci em SP estaria em nome de laranja

Denúncia foi feita pela revista Veja

Correio do Povo e AE

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Um dia depois do chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, ter sido obrigado a se explicar publicamente sobre a evolução atípica de seu patrimônio e denúncias de tráfico de influência, a revista Veja levanta, na edição desta semana, novas suspeitas sobre o ministro mais influente do governo Dilma Rousseff. Segundo a publicação, o apartamento que Palocci aluga há quatro anos na capital paulista, de 640 metros quadrados, pertenceria a uma empresa de fachada que estaria registrada em nome de um laranja.

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O apartamento, localizado em um prédio onde o condomínio custa R$ 4,6 mil por mês, foi avaliado em R$ 4 milhões. Com as taxas, as despesas do ministro com o aluguel do imóvel chegariam a 80% do seu salário.

Segundo a revista, o laranja, de 23 anos, mora em casebre na periferia de Mauá, na região do ABC paulista, e ganha R$ 700 por mês. Ele seria o sócio majoritário, com participação de 99,5%, da Lion Franquia e Participações Ltda. A empresa teria recebido o imóvel de um tio do rapaz, que responde a 35 processos por crimes que incluem falsificação de documentos.

“Não consigo dormir, por causa dessas coisas que envolvem pessoas com quem não tenho como brigar, como o Palocci. Não tenho como bater de frente com essas pessoas. Sou laranja”, disse o jovem à revista.

Avaliações

Para o Palácio do Planalto, o ministro passou credibilidade na entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. De acordo com pesquisas instantâneas feitas pelo marqueteiro João Santana no momento da entrevista, Palocci "demonstrou firmeza" enquanto falava.

Interlocutores da presidente Dilma Rousseff afirmaram, porém, que a sobrevivência do ministro dependerá das reações daqui para a frente, principalmente por parte dos aliados. Palocci está sob intensa pressão da oposição e do próprio PT.

Já o líder do PSDB na Câmara, Duarte Nogueira (SP), considerou "insuficientes" as explicações. "Se há alguma explicação, o ministro não quis ou não pode dar. Isso só reforça a suspeita de que cometeu tráfico de influência. O melhor para o País é o seu afastamento", salientou.

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