Aprovação de Bolsonaro fica estável após prisão de Fabrício Queiroz, indica Datafolha
Índice ficou em 32% na semana seguinte à detenção de ex-assessor de Flávio Bolsonaro
publicidade
Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada nesta sexta-feira pelo jornal Folha de São Paulo, indica que a popularidade do presidente Jair Bolsonaro atingiu a estabilidade na semana seguinte à prisão do ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Conforme o Datafolha, o chefe de Estado manteve o índice de aprovação em 32%, quase o mesmo do mês de maio, quando havia atingido 33%.
A rejeição ao governo de Bolsonaro chegou a 44%, contra os 43% apontados na pesquisa anterior. As pessoas que avaliam a administração federal como regular somam agora 23%, sendo que eram 22% no levantamento anterior.
O Datafolha ouviu 2.016 pessoas por telefone entre os dias 23 e 24 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Mudança no quadro
A aprovação de Bolsonaro sofre uma queda contundente e cai para 15% entre aqueles que acham que o presidente sabia onde Queiroz se escondia até ser preso. De acordo com o Datafolha, esse é o índice considerado crítico para a abertura de processo de impeachment.
O perfil de aprovação e reprovação do presidente segue o mesmo. Jovens, de 16 a 24 anos, que somam 54%, detentores de curso superior (53%) e ricos (renda acima de 10 salários mínimos, 52%) estão entre as pessoas que rejeitam Bolsonaro.
Moradores da região Sul, considerado um reduto bolsonarista, aprovam mais o presidente, sendo que 42% o acham bom ou ótimo.
Pessoas de 35 a 44 anos (37%), empresários (51%), e os que sempre confiam no presidente (92%) são os mais satisfeitos com a gestão presidencial.
Questionados sobre confiança no presidente, 46% dizem nunca confiar, 20% sempre confiam e 32% afirmam que o fazem às vezes. O Sul é o local com a menor taxa de desconfiança para com Bolsonaro: 35%. O Nordeste é a região com maior índice de desconfiança: 53%. Também é a região onde o chefe de Estado tem a maior rejeição: 52% acreditam que a administração é ruim ou péssima.