Assembleia ingressa na Justiça para dar prosseguimento à cassação de Jardel

Assembleia ingressa na Justiça para dar prosseguimento à cassação de Jardel

Deputado será submetido à perícia médica nesta quarta-feira

Gabriel Jacobsen / Rádio Guaíba

Deputado alega quadro depressivo

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A Assembleia Legislativa definiu nesta quarta-feira ingressar com uma nova petição na Justiça questionando a relatora do caso do deputado Mario Jardel (PSD) para saber se o parlamentar ainda deve ser aguardado para depoimento ou se a Casa pode dar continuidade ao processo que pode levar à cassação do seu mandato. O Judiciário deferiu liminar impetrada pela defesa de Jardel, obrigando que ele fosse ouvido durante o processo ético-disciplinar. Entretanto, o deputado não compareceu ao depoimento quando convocado, alegando depressão.

A intenção da Assembleia é dar prosseguimento ao processo e levar o caso ao Plenário. Jardel é aguardado nesta quarta-feira, a partir das 14h, para uma perícia médica que atestará ou não o seu quadro depressivo. O exame será realizado por um médico da Assembleia e, segundo o advogado do parlamentar, Jardel comparecerá acompanhado de seu psiquiatra. Nessa terça-feira, após um mês ausente da Assembleia, Jardel reapareceu na Casa, mas não participou da sessão plenária.

Segundo adiantado pela colunista do Correio do Povo, Taline Oppitz, Jardel reabilitou sua senha de parlamentar que havia sido cancelada na semana passada. Com isso, garantiu o pagamento dos salários deste mês dele e dos 15 funcionários do seu gabinete. Ainda não está definido como seguirão os trabalhos da subcomissão, mas a expectativa é de que sejam concluídos e entregues à Comissão de Ética da Assembleia.

Em outra frente, a defesa de Jardel tenta extinguir o processo de cassação de mandato. Ele ingressou com mandado de segurança na Justiça com argumento de que o prazo de 120 de trabalhos havia expirado. O Judiciário, porém, não aceitou a alegação considerando que o deputado foi convocado duas vezes a depor e não compareceu. O advogado ainda tenta anular os procedimentos de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF) sob alegação de falsificação de uma assinatura de Jardel e questionamento em relação às testemunhas ouvidas no caso.

Jardel foi alvo da Operação Gol contra do Ministério Público (MP) em novembro do ano passado. A investigação apontou que o deputado chefiava uma quadrilha dentro do gabinete com o objetivo de se apropriar de diárias, manter funcionários fantasmas e exigir repasse de parte dos salários dos assessores.

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