Ataques a Janot são “furor mal contido”, diz Associação
Entidade lançou nota para rebater críticas de Gilmar Mendes
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“A ANPR vem a público repudiar os ataques absolutamente sem base e pessoais ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, proferidos em deliberada série de declarações, nos últimos dias, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes”, diz nota assinada pelo presidente da entidade, Robalinho Cavalcanti.
Para o procurador, “é deplorável que um magistrado, membro da mais alta Corte do país, esqueça reiteradamente de sua posição para tomar posições políticas (muito próximas da política partidária) e ignore o respeito que tem de existir entre as instituições, para atacar em termos pessoais o chefe do Ministério Público Federal”.
Segundo Cavalcanti, “não é o comportamento digno que se esperaria de uma autoridade da República. O furor mal contido nas declarações de Gilmar Mendes revela objetivos e opiniões pessoais (além de descabidas), e não cuidado com o interesse público”. O presidente da ANPR afirma ainda que Janot tem agido com correção e competência no combate à corrupção.
A nota dos procuradores
• “Representante de 1,3 mil membros do Ministério Público Federal, a Associação Nacional dos Procuradores da República vem a público repudiar os ataques absolutamente sem base e pessoais ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, proferidos em deliberada série de declarações, nos últimos dias, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes.
• Em primeiro lugar, e desde logo, é deplorável que um Magistrado, membro da mais alta Corte do país, esqueça reiteradamente de sua posição para tomar posições políticas (muito próximas da política partidária) e ignore o respeito que tem de existir entre as instituições, para atacar em termos pessoais o chefe do Ministério Público Federal. Não é o comportamento digno que se esperaria de uma autoridade da República. O furor mal contido nas declarações de Gilmar Mendes revela objetivos e opiniões pessoais (além de descabidas), e não cuidado com o interesse público.
• O trabalho de Rodrigo Janot nestes quase quatro anos de mandato, por outro lado, foi sempre impessoal, objetivo, intimorato e de qualidade. Não por outro motivo tem o apoio da população.
• O Ministério Público não age para perseguir ninguém, e não tem agendas que não o cumprimento de sua missão constitucional. (...) O procurador-geral da República assim tem agido em todas as esferas de sua competência, promovendo o combate à corrupção e liderando o Ministério Público Federal na complexa tarefa de defender a sociedade. Se isto incomoda a alguns, que assim seja. O MPF e suas lideranças jamais se intimidarão. Estamos em uma República, e ninguém nela está acima da lei.