Ato celebra os 101 anos do nascimento de Leonel Brizola no RS

Ato celebra os 101 anos do nascimento de Leonel Brizola no RS

Homenagem contou com presidente nacional do PDT, ministro Carlos Lupi, e com deputada estadual Juliana Brizola

Felipe Nabinger

Carlos Lupi, Juliana Brizola, Pompeo de Mattos e outros militantes do PDT em homenagem aos 101 anos de Brizola

publicidade

O dia 22 de janeiro marca a data do nascimento de Leonel Brizola. Estivesse vivo, o líder trabalhista completaria neste domingo 101 anos. Como forma de manter viva a memória do político fundador do PDT, o partido organizou neste sábado uma homenagem junto à estátua localizada entre a Catedral e o Palácio Piratini, em Porto Alegre. O ato contou com a presença do presidente nacional da sigla, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, da deputada estadual Juliana Brizola, e do deputado federal reeleito Pompeo de Mattos, além de outros militantes.

Neta de Brizola, Juliana ressaltou que os recentes atos extremistas contra os Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, aumentaram a importância de eventos simbólicos como esse. "Acho que é sempre importante relembrar Leonel Brizola por sua história, sua coerência política, sobretudo neste momento. Brizola defendeu a legalidade daqui deste palácio. Sua grande arma foi o microfone de uma rádio, de um porão", lembrou a parlamentar.

A referência é à requisição da Rádio Guaíba por Brizola, que a instalou nos porões do Palácio Piratini, criando a Rede da Legalidade, em 1961. A cadeia de 104 emissoras serviu para mobilizar a população e barrar a tentativa de golpe dos ministros de Jânio Quadros, que havia renunciado à presidência da República, e a posse do então vice João Goulart.

Para a deputada, o país hoje enfrenta algo parecido com aquela época e resgatar a memória do avô é defender o estado democrático de direito". "Um povo que não conhece muito bem a sua história tende a repetir de forma equivocada", afirmou, criticando a anistia aos artífices do golpe militar que ocorreria alguns anos depois, em 1964. "Não é revanchismo, mas é importante que se aprenda que tortura e perseguição política não pode ser feita. E principalmente que se respeito o voto popular", disse.

Lupi: elogios ao STF

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, foi na mesma linha, fazendo analogia da legalidade com a "luta para defender a Constituição e lei". O ministro da Previdência do governo de Lula (PT) disse acreditar que as ações "enérgicas" da Justiça, com prisões de envolvidos nos atos golpistas em Brasília, bloqueios de recursos de patrocinadores e futuras condenações devem evitar que esse movimento se alastre ao longo do atual governo. Lupi ainda elogiou o trabalho do Supremo Tribunal Federal, classificando-o como "exemplar". 

Lupi ainda afirmou que, como presidente da sigla, posição que ocupa desde 2004, com a morte de Brizola, trabalha com outros partidos a criação de fórum permanente em defesa da democracia. "Repito sempre que a democracia é que nem o ar, o oxigênio. Ninguém toca, ninguem vê, mas ninguém vive sem", disse antes da homenagem. O trabalhista ainda lembro que o ato estava sendo realizado na data do aniversário de Neusa Goulart Brizola, esposa do líder trabalhista, falecida em 1993, a quem chamou de "heroína" e fez questão de ressaltar a importância da atuação ao lado do marido.  


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895