Atuar para além das emendas parlamentares, diz próximo coordenador da bancada gaúcha no Congresso

Atuar para além das emendas parlamentares, diz próximo coordenador da bancada gaúcha no Congresso

O deputado federal Marcon, do PT, assume a direção do colegiado na próxima semana

Flávia Simões

Marcon está há quatro mandatos na Câmara dos Deputados

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O deputado Marcon (PT) assume, na próxima terça-feira, a coordenação da bancada gaúcha no Congresso, que reúne os três senadores e os 31 deputados. Há mais de 20 anos no parlamento, Marcon tem como objetivo dar novos rumos para a atuação da bancada. Além de discutir o direcionamento das emendas parlamentares, o deputado quer aproximar os colegas e ampliar a atuação do colegiado para pautas que são "prioritárias" para o Rio Grande do Sul. "A bancada tem que chamar os temas do RS para Brasília", disse ele, enumerando questões que passam pela infraestrutura, como portos e aeroportos, a saúde, como o avanço nas cirurgias pendentes, e a educação, como a expansão do ensino superior.

Segundo Marcon, se a bancada "discutir só as emendas" ela fica reduzida "ao tamanho das emendas". "É um instrumento (as emendas) e vamos usar, mas precisamos avançar, fazer um trabalho para ter continuidade", afirma. O objetivo é ir além e intensificar a interlocução com o governo federal para atender às necessidades do Estado, tarefa essa que pode ser um tanto quanto mais fácil em função do partido de Marcon. "Tem o debate de regionalizar a questão da saúde. Tem três regiões que querem embutir na sua região a questão da oncologia, Frederico (Westphalen), Tapejara e Vacaria. A bancada tem que dar esse suporte, dar guarida. Articular reuniões com o governo federal", exemplificou.

Pautas regionais e microrregionais de deputados também deverão ter atenção, além daqueles que surgem de forma 'urgente', como enchentes ou temporais.

Os trabalhos da bancada gaúcha neste ano devem iniciar após a reunião em que Marcon assumirá o cargo atualmente ocupado por Any Ortiz (Cidadania). O coordenador adjunto, que deve ser do MDB, ainda não foi escolhido, ressalta o deputado. Marcon afirma que, após decidido e devidamente 'empossado', se reunirá com o novo adjunto para definirem um plano de trabalho a ser apresentado aos colegas. Ele elogiou a gestão de Any e do antecessor, o deputado Carlos Gomes (Republicanos), e disse que pretende continuar com a gestão "democrática" feita por ambos.

Apesar de integrar o partido com o maior número de eleitos dentro da bancada gaúcha, boa parte do restante dos deputados são de oposição ou independentes. Essas divergências, contudo, não devem afetar o andamento dos trabalhos, garante Marcon. O deputado acredita que, quando as pautas são em prol do Estado, "não vamos discutir partidos, vamos discutir melhorias para o RS".


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