Bancada do PT critica anúncio de Eduardo Leite de percorrer o país
Em nota, oposição também questionou o uso do Palácio Piratini para evento político
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Um dia após assumir que irá percorrer o país para divulgar as ações de governo, em um movimento prevendo à eleição presidencial de 2022, o governador Eduardo Leite (PSDB) recebeu críticas, no início da tarde desta sexta-feira, da maior bancada de oposição na Assembleia Legislativa, o PT. Em nota, os integrantes do partido dizem que o governador, antes de percorrrer o país, deveria percorrer o Rio Grande do Sul.
"Com isso, poderá constatar o sofrimento do povo gaúcho com os efeitos de duas estiagens; a crise dos pequenos negócios diante da pandemia; a fome que voltou ao cenário gaúcho com a ausência do auxílio emergencial e de qualquer programa de renda", diz a nota, assinada pelo líder, deputado Pepe Vargas.
A bancada questionou ainda o uso do espaço do Palácio Piratini para o encontro com parlamentares tucanos, além do custo. O evento, realizado na quinta-feira, ocorreu no Galpão Crioulo, no Palácio Piratini. "O Galpão Crioulo é um espaço para eventos oficiais do Governo, para tratar de temas de interesse do Estado", traz a nota.
A íntegra da nota da bancada do PT na Assembleia
Os limites entre Partido e Governo
Diante das diversas notícias sobre o anúncio do governador Eduardo Leite de pré-candidatura à presidência da República, em evento no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, nesta quinta-feira, três questões devem ser tratadas:
1 – O Galpão Crioulo é um espaço para eventos oficiais do Governo, para tratar de temas de interesse do Estado. No entanto, o governador Eduardo Leite, usou o espaço oficial para receber uma comitiva de deputados do PSDB, uma fração do seu Partido, para articular a disputa interna do PSDB na corrida à campanha presidencial
2 – Considerando o caráter partidário e pré-eleitoral do almoço no Galpão Crioulo do Palácio Piratini, é importante que o governo esclareça se os participantes arcaram com as despesas decorrentes deste encontro.
3 – Entendemos que antes de percorrer o Brasil em campanha, o governador Eduardo Leite deveria percorrer o Rio Grande do Sul. Com isso, poderá constatar o sofrimento do povo gaúcho com os efeitos de duas estiagens; a crise dos pequenos negócios diante da pandemia; a fome que voltou ao cenário gaúcho com a ausência do auxílio emergencial e de qualquer programa de renda. São três temas que refletem o aumento da pobreza no RS e sobre os quais o governo Leite não agiu.
Deputado Pepe Vargas, Líder da Bancada do PT na ALRS