Base do governo defende adiar votação do marco civil

Base do governo defende adiar votação do marco civil

Lideranças querem que os problemas de articulação política sejam resolvidos antes

AE

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A crise política entre o Planalto e sua base aliada na Câmara deve inviabilizar a votação, nesta semana, do marco civil da internet, como anteriormente previsto. Após a reunião de lideranças da base realizada na manhã desta terça, deputados defenderam o adiamento da votação enquanto os problemas de articulação política do governo não forem resolvidos.

O receio é que, com a base rachada, as alterações no texto defendidas pelo líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), ganhem força e o governo seja derrotado em um tema considerado prioritário pelo Palácio do Planalto. "O problema é de ambiente político", resumiu o relator do processo, deputado Alessandro Molon (PT-RJ). "A pauta não é marco civil da internet, a pauta é eleição", acrescentou o deputado Luciano Castro (PR-RR), vice-líder do governo, para quem votar o projeto agora poderia resultar na aprovação do texto defendido por Cunha.

O líder do PMDB, pivô da crise do governo com a bancada da Câmara, defende modificações no relatório de Molon no que se refere à neutralidade da rede e à obrigatoriedade de que datacenters sejam instalados no País. Caso se confirme, o bloqueio das votações no Plenário da Câmara deve ser benéfico ao Planalto, uma vez que os parlamentares também deixaram a reunião defendendo a retirada de pauta de um pedido para investigar denúncias de corrupção na Petrobras.

O requerimento, considerado uma retaliação ao Planalto encampada por um bloco de parlamentares da base descontentes com a articulação política do governo, visa a criar uma comissão externa de parlamentares para acompanhar, na Holanda, investigações sobre o esquema de pagamento de subornos a empresas de vários países, no qual a Petrobras é mencionada.

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