Base e oposição divergem sobre pedido para reprovação das contas de Sartori

Base e oposição divergem sobre pedido para reprovação das contas de Sartori

Ministério Público de Contas fez recomendação ao Tribunal de Contas do Estado nessa quinta-feira

Voltaire Porto

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Deputados da base do governador José Ivo Sartori enxergam com naturalidade o pedido de reprovação das contas do governo do Estado enquanto a oposição afirma que este é mais um sinal da prática de crime de responsabilidade. Nessa quinta-feira, o Ministério Público de Contas indicou 40 falhas e recomendou que o Tribunal de Contas do Estado desaprove as contas do primeiro ano da atual gestão.

O deputado estadual Gilberto Capoani (PMDB) disse que é natural que uma instituição como o MPC apresente este posicionamento e relembra que o mesmo já ocorreu na gestão Tarso Genro. “É natural que o Ministério Público cumpra uma função de acusação, tanto que em qualquer julgamento o pedido desta instituição é pela condenação. Porém, o mesmo pedido de reprovação das contas também foi com relação as contas do governo Tarso Genro e se existem dificuldades, hoje, é por causa desta gestão do PT que inchou a folha com um acréscimo de 53%”, declarou.

A aposta dos aliados do governador no Parlamento é de que os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) aprovem as contas de Sartori e não há temor em maiores retaliações. Entretanto, esta não é a visão de deputados da oposição e a cogitação é de um pedido de impeachment por crime de responsabilidade.

“Não há surpresa neste pedido de reprovação das contas feito pelo MPC e já estávamos indicando supostos equívocos ao ponto de solicitarmos uma avaliação das contas de Sartori ao TCE. Agora, existe mais um posicionamento e, anteriormente, o presidente do Tribunal de Justiça já havia alertado sobre o crime de responsabilidade e este é um tema que uma hora ou outra teremos que tratar na Assembleia Legislativa”, declarou.

A análise das contas do governador vai ser feita pelo Pleno do TCE na próxima terça-feira. Em anos anteriores, como na gestão Tarso Genro, os apontamentos não foram suficientes para resultar na reprovação. O pedido de reprovação de contas do MPC também se repetiu nos governos Olívio Dutra, do PT, e Yeda Crusius, do PSDB.

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