BNDES nega ter repassado dinheiro diretamente à construtora Delta
Banco rebateu informação de que teria enviado R$ 139 milhões para a empreiteira
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O dinheiro, segundo o jornal, seria a metade do total emprestado à empresa, no valor de R$ 249,7 milhões. A Delta é suspeita de ter ligações com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, pivô de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) no Congresso. Mas, segundo o BNDES, os empréstimos foram feitos por outros agentes financeiros.
Na nota, o banco argumentou que as operações mencionadas na reportagem resultaram “de cerca de 700 financiamentos contratados no Produto BNDES Finame (comercialização de máquinas e equipamentos), operacionalizado na modalidade indireta automática, por meio de agentes financeiros (bancos comerciais), repassadores de recursos do BNDES aos mutuários.”
Segundo o BNDES, os agentes financeiros assumem integralmente o risco das operações, “sendo os responsáveis por efetuarem a análise cadastral e financeira dos mutuários, decidindo pela concessão ou não dos recursos.”
Em caso de falta de pagamento do tomador de empréstimo, o BNDES garantiu que os recursos públicos não sofreriam qualquer prejuízo, já que o agente financeiro continuaria obrigado a reembolsar os valores repassados.
O banco informou ainda que suspendeu as operações com a empresa. “A partir do surgimento das denúncias contra a construtora Delta, este banco, imediatamente, suspendeu a análise de qualquer operação relacionada à referida empresa, tendo recomendado a todos os seus agentes financeiros que fosse adotado o mesmo procedimento.”