Bolsonaro classifica ação de hackers como "atentado grave contra o Brasil e suas instituições"

Bolsonaro classifica ação de hackers como "atentado grave contra o Brasil e suas instituições"

Presidente afirmou que jamais tratou temas sensíveis ou de segurança nacional via celular


Agência Brasil

Celular do presidente da República foi alvo da ação do grupo suspeito de invadir ao menos mil linhas telefônicas

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O presidente Jair Bolsonaro disse hoje, em sua conta no Twitter, que a ação dos hackers que invadiram seu celular é "um atentado grave contra o Brasil e suas instituições" e defendeu que eles "sejam duramente punidos". "O Brasil não é mais terra sem lei", advertiu pela rede social o chefe do Executivo, cujo telefone foi alvo da ação do grupo suspeito de invadir ao menos mil aparelhos, incluindo a de várias autoridades públicas, como o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. 

Em seguida, Bolsonaro afirmou que não teme o vazamento de dados, porque não trata de assuntos importantes por esta plataforma. Também pelo Twitter, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), se pronunciou sobre o caso. "Os celulares usados pelo presidente @jairbolsonaro também foram hackeados! É gravíssimo".

Na terça-feira, a PF deflagrou a chamada Operação Spoofing, que apura a suspeita de crimes cibernéticos. Foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e sete de busca e apreensão autorizados pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal de Brasília, que afirmou haver, nas informações iniciais apresentadas pela PF, "fortes indícios de que os investigados integram organização criminosa".

O cumprimento dos mandados resultou na prisão de Danilo Cristiano Marques, Gustavo Henrique Elias Santos, Suelen Priscila de Oliveira e Walter Delgatti Neto. Ao pedir a detenção dos quatro, a PF apresentou "um histórico de possíveis crimes" que os investigados teriam praticado em conjunto" para "violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram".

Ao autorizar as prisões temporárias, a realização de busca e apreensões em endereços ligados aos investigados, bem como a quebra do sigilo fiscal e de comunicações e o bloqueio de bens dos suspeitos, o juiz Vallisney de Souza Oliveira afirmou que as prisões temporárias dos investigados pelo prazo de cinco dias são essenciais para a obtenção de provas.


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