Bolsonaro minimiza debandada no Ministério da Economia

Bolsonaro minimiza debandada no Ministério da Economia

Presidente defende privatizações, mas afirma que ''desafios burocráticos são enormes''

AE

Bolsonaro disse em sua conta no Facebook que ''presidente e ministros estão unidos''

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Após a debandada ocorrida na terça-feira (11), no Ministério da Economia, o presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem no Facebook, na manhã desta quarta-feira (12), para reforçar o compromisso com "a responsabilidade fiscal e o teto de gastos". Ele justificou a agenda desenvolvimentista dizendo que, em um orçamento cada vez mais curto, "é normal os ministros buscarem recursos para obras essenciais". Bolsonaro também escreveu que "o presidente e os ministros continuam unidos".

"Num orçamento cada vez mais curto é normal os ministros buscarem recursos para obras essenciais. Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos", disse ele na rede social.

Bolsonaro também defendeu a privatização de estatais, mas alegou que "os desafios burocráticos do estado brasileiro são enormes" para concretizar a medida. "O tempo corre ao lado dos sindicatos e do corporativismo e partidos de esquerda. O Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada", escreveu.

"Privatizar está longe de ser, simplesmente, pegar uma estatal e colocá-la numa prateleira para aquele que der mais levá-la para casa. Para agravar o STF decidiu, em 2019, que as privatizações das empresas 'mães' devem passar pelo crivo do Congresso", emendou o presidente da República.

Bolsonaro minimizou a série de pedidos de demissões na equipe econômica e afirmou que "em todo governo, pelo elevado nível de competência em seus quadros, é normal a saída de alguns para que melhor atenda suas justas ambições pessoais".

Na terça-feira, os secretários especiais de Desestatização e Privatização, Salim Mattar, e o de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Uebel pediram exoneração.

"Em tempo recorde fizemos a reforma previdenciária, as taxas de juros se encontram nos inacreditáveis 2% e os gastos com o funcionalismo está contido até o final de 2021. O Presidente e seus Ministros continuam unidos e cônscios da responsabilidade de conduzir a economia e os destinos do Brasil com responsabilidade", concluiu Bolsonaro na mensagem.


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