Bolsonaro rejeita regulamentação da mídia no Brasil

Bolsonaro rejeita regulamentação da mídia no Brasil

Medida chegou a ser tema de discussões em 2015, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff

Agência Brasil

Presidente usou as redes sociais para comentar o assunto

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O presidente Jair Bolsonaro disse em sua conta no Twitter que vai manter um governo sem qualquer tipo de regulamentação da mídia, inclusive as mídias sociais. "Em meu governo, a chama da democracia será mantida sem qualquer regulamentação da mídia, aí incluídas as sociais. Quem achar o contrário, recomendo um estágio na Coreia do Norte ou Cuba", escreveu o presidente. Em entrevista aos veículos Folha de S. Paulo e El País, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso, disse que cometeu um "erro grave" ao não fazer a regulamentação da mídia. 

Na sequência de Bolsonaro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, também foi ao Twitter atacar o “controle social” da mídia.  "No ponto, bom lembrar que não fosse a vitória eleitoral do Pr Jair Bolsonaro, estaríamos hoje sob ‘controle social’ da mídia e do Judiciário e que estava expresso no programa da oposição "democrática".

Em uma série de mensagens, Moro disse ser favorável à liberdade de imprensa e de expressão. Em seguida, ele explica que se refere a mensagens sugerindo providências sobre declarações ofensivas contra ele por um "suposto comediante" em evento a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  No mês passado, o humorista Gregório Duvivier fez ataques a Moro em ato que lembrou um ano da prisão do ex-presidente, condenado por Moro na Lava Jato. “Bem, penso que as declarações de baixo nível falam mais sobre o ofensor do que sobre mim”, disse Moro no Twitter. 

Mais cedo, os filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), repercutiram o tema nas redes sociais. O "zero dois" afirmou pelo Twitter que "a internet livre foi o que trouxe Bolsonaro até à Presidência". "Numa democracia, respeitar as liberdades não significa ficar de quatro para a imprensa, mas sempre permitir que exista a liberdade das mídias!", escreveu.

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, citou um tweet do ex-presidente Lula sobre a proposta petista de regulamentação da mídia e comparou com o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez e o atual mandatário, Nicolás Maduro. "Toda ditadura controla os meios de comunicação sob o pretexto de 'melhorá-los', 'democratizá-los' ou de barrar fake news e crimes de ódio", afirmou. 

No sábado, o deputado escreveu em seu Twitter que "tradicionais veículos de comunicação que a todo momento espalham fake news não são banidos das redes". No entanto, segundo ele, perfis de pessoas comuns, conservadoras ou de direita, a todo momento "sofrem perseguição".

O parlamentar chegou a fazer uma enquete e questionou seguidores: "você apoiaria uma lei que impedisse Facebook, Twitter, Instagram e YouTube de banir perfis?". Até o momento, 65% das respostas indicavam "não" à pergunta de Eduardo Bolsonaro 


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