Bolsonaro repercute atos de manifestantes em supermercados
Movimentos organizaram protestos em diversas cidades do país, neste sábado (2), contra fome, a carestia e a violência do estado
publicidade
O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais, neste domingo (3), para repercutir os protestos feitos por movimentos políticos e nos quais manifestantes ocuparam supermercados em diversas cidades para denunciar a fome no Brasil.
"Manifestação contra o governo federal em São Paulo, praça da Sé (2/mar). Participantes: Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, Unidade Popular pelo Socialismo, União da Juventude Rebelião e Movimento de Mulheres Olga Benário Brasil", escreveu Bolsonaro.
"Além da invasão do hipermercado Extra, em São Paulo, também foram invadidos supermercados em Recife/PE e Natal/RN", completou.
- Manifestação contra o Governo Federal em São Paulo, Praça da Sé (02/mar).
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 3, 2022
- PARTICIPANTES:
- Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB);
- Unidade Popular 80 pelo Socialismo (UP);
- União da Juventude Rebelião (UJR); e
- Movimento de Mulheres Olga Benário Brasil. pic.twitter.com/lUh4BEuK3B
Os protestos ocorreram no último sábado (2) em diversas cidades do país. De acordo com um dos organizadores, a manifestação se dá contra a fome, a carestia e a violência do estado e um dos objetivos é a ocupação de supermercados de uma rede do setor. Os manifestantes divulgaram dados relativos ao lucro da empresa e reivindicam cestas básicas.
"Somente pela manhã já foram ocupados supermercados no Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Pará, Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco", disse em publicação nas redes sociais o movimento Unidade Popular pelo Socialismo.
No Brasil, mais da metade da população não tem acesso pleno e permanente a alimentos durante a pandemia de Covid-19, de acordo com estudo feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar. Em números absolutos: no período abrangido pela pesquisa, 116,8 milhões de brasileiros não tinham acesso pleno e permanente a alimentos.