Bolsonaro sanciona lei que autoriza cobertura de procedimentos fora do rol da ANS

Bolsonaro sanciona lei que autoriza cobertura de procedimentos fora do rol da ANS

Texto aprovado pelo parlamento foi motivado por reações de entidades e pacientes após decisão do STJ

R7

Assessor do presidente para assuntos internacionais e o deputado estadual Eduardo Bolsonaro comentaram a declaração de De Blasio

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O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta quarta-feira uma lei aprovada pelo Congresso que permite a cobertura de serviços não incluídos no rol da Agência Nacional de Saúde (ANS) por planos de saúde. Na prática, os planos ficam obrigados a cobrir tratamentos que não estão listados como obrigatórios. 

De acordo com a presidência da República, "a sanção busca evitar descontinuidade de tratamentos médicos, especialmente, àqueles que são portadores de doenças raras". A discussão em torno do caso começou após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) entender que planos privados de saúde não têm a obrigação de realizar consultas, exames e outros procedimentos que não estão previstos no rol da ANS.

Com a decisão, familiares e pacientes disseram que a saúde de portadores de doenças raras fica comprometida. Em alguns casos, operadoras de saúde chegaram a informar para famílias que retirariam equipamentos de fornecimento de oxigênio para portadores de doenças que necessitam de ventilação mecânica ou aporte de oxigênio para se manter vivo. 

A reação de entidades levou o Congresso a se mobilizar para aprovar o projeto de lei nº 2.033, de 2022, que altera a Lei nº 9.656, de 3 de junho de 1998, que permite que os planos cubram procedimentos que não estão na listagem de oferta obrigatória para os clientes. 

As coberturas extras podem ocorrer, de acordo com o texto sancionado, "desde que exista a comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico; ou que existam recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde - Conitec, ou de, no mínimo, um órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus nacionais".


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