Bolsonaro soube das joias apreendidas "14 meses depois", diz defesa

Bolsonaro soube das joias apreendidas "14 meses depois", diz defesa

Ex-presidente enviou ajudante de ordens para fazer retirada de objetos doados pela Arábia Saudita

R7

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Integrantes da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que nem ele e nem a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, sabiam dos kits com joias, dados pelo governo da Arábia Saudita, por pelo menos 14 meses. “Nem o presidente, nem a ajudância [de ordens], ninguém ligado ao presidente sabia do kit masculino. Nem a primeira-dama, nem o presidente souberam dos presentes por 14 meses”, afirmou o ex-secretário da Secom Fábio Wajngarten.

Wajngarten alega que, após tomar conhecimento dos presentes sauditas, o ex-presidente determinou ao ajudante de ordens Mauro Cid que fosse regularizar a situação com a Receita Federal em São Paulo. Bolsonaro já prestou outro depoimento à PF, em 5 de abril. Na ocasião, disse que enviou Cid com o objetivo de verificar e esclarecer os fatos e, se possível, evitar um “constrangimento internacional” e um “vexame diplomático”.

À Polícia Federal, Bolsonaro disse que não houve reiteradas tentativas de obter as joias e alegou, em diversas partes do depoimento, que a única vez em que falou sobre o assunto foi durante esse pedido ao seu antigo ajudante de ordens.

As joias foram retidas pela Receita Federal em outubro de 2021, no aeroporto de Guarulhos, depois que foram encontradas com um assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque. Em dezembro de 2022, a Presidência da República pediu a liberação dos produtos.


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