Bolsonaro vai à posse de Milei com comitiva em 1º grande ato após derrota nas urnas

Bolsonaro vai à posse de Milei com comitiva em 1º grande ato após derrota nas urnas

Ex-presidente informou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, que se ausentará do País de 7 a 11 de dezembro

AE

Para o presidente, o placar com de 229 favoráveis e 218 contra são prova da desconfiança sobre o sistema

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve participar no próximo domingo, 10, da posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei. O ex-mandatário será acompanhado por uma comitiva de deputados estaduais, federais, senadores e governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Ronaldo Caiado (União-GO) e Jorginho Mello (PL-SC).

A viagem de Bolsonaro a Argentina marcará o retorno do ex-presidente em um grande ato político desde que perdeu a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no ano passado, e foi condenado à inelegibilidade pelos próximos oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e econômico.

Bolsonaro informou nesta terça-feira, 5, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que se ausentará do País de 7 a 11 de dezembro. Apesar de não ter restrições de sair do Brasil pelos inquéritos que tramitam na Corte, o ex-presidente encaminhou cópia das passagens aéreas e do itinerário no país vizinho, justificando estar "comprometido com a Justiça e suas obrigações legais".

O clã Bolsonaro se aliou ao presidente eleito da Argentina ainda durante a campanha presidencial. O deputado federal Eduardo Bolsonaro foi a Buenos Aires acompanhar o primeiro turno das eleições e pediu votos para Milei. Como revelou a Coluna do Estadão, um grupo de 69 deputados escreveu uma carta para ser entregue ao argentino. O documento criticava o então presidente, Alberto Fernández, um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na América Latina. Eles citam o alto índice de inflação e tentam ligar a esquerda argentina a regimes autoritários.

O ex-presidente também será acompanhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelos filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Michelle tem participado de atos e eventos públicos do PL e de aliados para se fortalecer como um nome viável do clã nas próximas eleições. O embarque está previsto para quinta-feira, 7.

O ex-mandatário disse ainda na petição que estará acompanhado do coronel do Exército Marcelo Câmara, que também é investigado no caso das joias.

No Congresso Nacional, a lista deve contar com nomes próximos ao ex-presidente brasileiro, como o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministros da gestão passada; além dos senadores Jorge Seif (PL-SC), Magno Malta (PL-ES), Luiz Carlos Heinze (PP-RS), Marcio Bittar (União-AC), Jaime Bagattoli (PL-RO) e Wilder Moraes (PL-GO).

Uma lista de deputados federais que pretendem comparecer ao ato circula entre os líderes partidários próximos a Bolsonaro. Até o momento, 26 nomes, incluindo Salles, sinalizaram que participarão da comitiva. Confira a lista preliminar:

- Bia Kicis (PL-DF)

- Gustavo Gayer (PL-GO)

- Junio Amaral (PL-MG)

- Zé Trovão (PL-RS)

- Evair de Melo (PP-ES)

- Ricardo Salles (PL-SP)

- Cabo Gilberto (PL-PB)

- Mauricio Marcon (PL-RS)

- Capitão Alberto Neto (PL-AM)

- Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS)

- Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP)

- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ)

- Marcio Correa (MDB-GO)

- Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

- Messias Donato (Republicanos-ES)

- Carla Zambelli (PL-SP)

- José Medeiros (PL-MT)

- Osmar Terra (MDB - RS)

- Rodrigo Valadares (União-SE)

- Daniela Reinehr (PL-SC)

- Marcos Pollon (PL-MS)

- Daniel Freitas (PL-SC)

- Sanderson (PL-RS)

- Capitão Alden (PL-BA)

- Coronel Fernanda (PL-MT)

- Hélio Lopes (PL-RJ)

Um grupo de deputados estaduais de São Paulo formou uma comissão de representação para acompanhar a posse do futuro presidente da Argentina. O requerimento foi publicado no Diário Oficial nesta segunda-feira, 4, e inclui o nome de 17 parlamentares. No entanto, nem todos devem comparecer à cerimônia. A viagem será entre os dias 7 e 12 de dezembro e não será custeada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

- Tomé Abduch (Republicanos)

- Edna Macedo (Republicanos)

- Gilmaci Santos (Republicanos)

- Altair Moraes (Republicanos)

- Paulo Mansur (PL)

- Vitão do Cachorrão (Republicanos)

- Rui Alves (Republicanos)

- Milton Leite Filho (União Brasil)

- Gil Diniz (PL)

- Sebastião Santos (Republicanos)

- Tenente Coimbra (PL)

- Major Mecca (PL)

- Conte Lopes (PL)

- Caio França (PSB)

- Carla Morando (PSDB)

- Marcio Nakashima (PDT)

- Lucas Bove (PL)

Lula apoiou candidato derrotado na eleição

Sergio Massa, herdeiro do peronismo e candidato derrotado nas eleições, foi diretamente ajudado pelo governo brasileiro: além da cessão de marqueteiros que trabalharam na campanha de Lula, o Estadão revelou que um empréstimo concedido à Argentina teve o objetivo de favorecer Massa, que é ministro da Economia da atual gestão, encabeçada por Fernández, que é próximo ao PT.

Lula não viajará a Buenos Aires, capital da Argentina, para a posse de Milei. O convite ao petista foi feito no último dia 26, quando a futura chanceler Diana Mondino, designada pelo presidente eleito, se reuniu em Brasília com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Segundo informações do Planalto, Mauro Vieira representará o Brasil na solenidade.


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