Braga Netto é o favorito para vice de Bolsonaro; entenda os motivos

Braga Netto é o favorito para vice de Bolsonaro; entenda os motivos

Ministro da Defesa passou por outras áreas do governo e foi bem avaliado; além disso, é discreto e de confiança do presidente

R7

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O atual ministro da Defesa, Walter Braga Netto, continua liderando a disputa pela vaga de vice-presidente na chapa do presidente Jair Bolsonaro, que vai disputar a reeleição este ano. O Blog do Nolasco buscou informações com fontes próximas ao presidente para saber o motivo do favoritismo do general quatro estrelas numa chapa presidencial.

Um interlocutor do presidente respondeu que "Braga Netto já foi experimentado no governo e tirou nota 10 até agora". Outro aliado de Bolsonaro comentou ainda que "vice tem que ser aquele cara que não compense impeachment, começa aí. E, antes disso, uma pessoa que seja leal, fiel, que esteja alinhada. Saiba que o vice não é o presidente, o vice é vice, presidente é o presidente. A política não é quartel", comentou.

O presidente Bolsonaro já afirmou que a decisão definitiva será dele e será divulgada nos últimos instantes antes da formalização da chapa junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Seja qual for o caminho escolhido pelo presidente, alguns aliados ficarão magoados. A ala política do governo defende que a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, seja a candidata a vice. A avaliação é que ela poderia ajudar Bolsonaro a recuperar votos entre as mulheres. O trabalho dela, desde o início do governo, também é bem avaliado pelo presidente. 

Mas Bolsonaro tem dado sinais de que irá manter um militar na vaga de vice. O atual, o vice-presidente Hamilton Mourão, também é visto como um vice que "não compensa o impeachment".  Na visão do presidente e de aliados próximos, o Congresso não teria interesse em tirar um presidente para deixar na vaga um general.

Jair Bolsonaro (ex-capitão do exército) e Mourão (general quatro estrelas do exército) tiveram muitos desentendimentos nesses poucos mais de três anos de governo. O presidente sempre demonstrou insatisfação com as muitas entrevistas do vice nas chegadas e saídas do Palácio do Planalto. Para Bolsonaro, ao comentar sobre temas que ainda não tinham sido definidos pelo governo, Mourão atrapalhava a tomada de decisões.


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