Brasil pode extinguir Fundo Amazônia se não chegar a acordo com Noruega e Alemanha

Brasil pode extinguir Fundo Amazônia se não chegar a acordo com Noruega e Alemanha

Patrocinadores juntamente com a Petrobras provêm recursos de R$ 1,3 bilhão para preservar floresta

AFP

Governo Bolsonaro quer usar parte dos recursos para indenizar produtores rurais

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O Brasil admitiu nesta quarta-feira a possibilidade de extinguir o Fundo Amazônia - dedicado à proteção ambiental - caso não chegue a um acordo com Noruega e Alemanha, seus principais patrocinadores, sobre as novas regras de funcionamento propostas pelo governo de Jair Bolsonaro. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que se reuniu com os embaixadores de Noruega e Alemanha nesta quarta-feira, em "teoria" o fundo pode se extinto, mas está se discutindo sua continuidade, diálogo, e mais dedicação e sinergia entre os envolvidos.

O embaixador da Noruega Nils Martin Gunneng declarou que "como disse o ministro, teoricamente a desativação do fundo é uma opção, mas trabalhamos para que prossiga". O diplomata alemão Georg Witschel reafirmou que "existe esta possibilidade, mas queremos evitá-la". O governo brasileiro pretende modificar a gestão do Fundo Amazônia e destinar parte de seu orçamento à indenização de proprietários de terras em áreas protegidas da selva.

A administração Bolsonaro extinguiu dois comitês gestores do Fundo, um dos quais incluía entre seus membros representantes dos governos federal e estadual, e da sociedade civil. "Para nós foi uma surpresa a extinção do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) e do comitê técnico, mas o ministro nos garantiu que o diálogo continua", disse o embaixador norueguês. Criado em 2008, o Fundo Amazônia administra cerca de 1,3 bilhão de reais procedentes dos governos de Alemanha, Noruega e da Petrobras.


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