Brics volta a criticar estímulos de bancos centrais dos países desenvolvidos

Brics volta a criticar estímulos de bancos centrais dos países desenvolvidos

Grupo divulgou comunicado no último dia da reunião da cúpula na África do Sul

AE

Presidentes dos países dos Brics se reúnem em Durban, na África do Sul

publicidade

O grupo dos países dos Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, voltou a criticar os movimentos dos bancos centrais dos EUA, Europa e Japão para estimular a atividade econômica no mundo desenvolvido, que têm "efeitos negativos", e apelou a essas economias que façam mais para impulsionar o crescimento global. "Os bancos centrais nas economias avançadas responderam com ações não convencionais de política monetária que aumentaram a liquidez global", ressalta o comunicado divulgado nesta quarta-feira.

A cúpula encerra hoje a reunião realizada na África do Sul. "Grandes bancos centrais deveriam evitar as consequências não intencionais dessas ações na forma de volatilidade crescente dos fluxos de capitais, moedas e preços de commodities, que podem ter efeitos negativos sobre o crescimento em outras economias, em particular os países em desenvolvimento", diz o comunicado.

O bloco também afirmou que vai defender que o próximo dirigente da Organização Mundial do Comércio (OMC) venha de um país em desenvolvimento, embora não esteja claro se o bloco pretende propor um candidato comum. Os cinco países dos Brics fracassaram em apoiar um candidato único para liderar o Fundo Monetário Internacional (FMI) ou o Banco Mundial quando os cargos de direção dessas instituições ficaram vagos no ano passado.

Os países também expressaram "preocupação profunda com a deterioração da situação humanitária e de segurança na Síria" e defenderam uma solução para as disputas sobre o programa nuclear do Irã por meio de negociações e não pela força. "Estamos preocupados com ameaças de ação militar, bem como sanções unilaterais", diz o comunicado do grupo.

Bookmark and Share

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895