Câmara aprova MP que garante foro privilegiado a Moreira Franco

Câmara aprova MP que garante foro privilegiado a Moreira Franco

Governo usava medidas temporárias desde início do ano para evitar que político seja julgado por primeira instância

AE

Governo usava medidas temporárias desde início do ano para evitar que político seja julgado por primeira instância

publicidade

O plenário da Câmara aprovou nesta terça-feira a Medida Provisória que dá status de ministério à Secretaria-Geral da Presidência da República, e na prática, garante o direito ao chamado foro privilegiado a Moreira Franco. Deputados ainda vão analisar destaques ao texto da MP. O ministro é um dos alvos da segunda denúncia apresentada contra o presidente Michel Temer pela Procuradoria-Geral da República.

Temer, Moreira e Eliseu Padilha (Casa Civil) são acusados de formação de quadrilha. De acordo com a PGR, o grupo seria integrado também pelo ex-assessor presidencial Rodrigo Rocha Loures, em prisão domiciliar, e pelos ex-ministros Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima, ambos presos. O governo tenta desde o início do ano garantir o foro especial a Moreira. Uma primeira MP foi editada pelo governo em fevereiro, mas perdeu a validade em maio, e o Planalto teve de reeditá-la.

A prerrogativa de foro garante que os processos que tramitam contra Moreira sejam analisados pelo Supremo Tribunal Federal e não por um juiz da primeira instância, como Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba. Deputados da oposição criticaram a MP. “Moreira Franco precisa ser preso. Se ele perder o foro, ele vai preso amanhã”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP)

Além de ministros, o presidente da República, deputados, senadores e integrantes do Judiciário também têm direito ao foro diferenciado. Além de dar status de ministro a Moreira, a MP também faz outras alterações na estrutura da administrativa do Executivo, como garantir a criação do Ministério dos Direitos Humanos. O governo nega que a Medida Provisória tenha sido editada para dar foro a Moreira.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895