Câmara aprova MP que recria Ministério da Cultura
Medida ocorreu após polêmica com a determinação da extinção da pasta por Michel Temer
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A recriação do Ministério da Cultura ocorreu após polêmica gerada com a determinação de sua extinção, pelo presidente Michel Temer. As atribuições da pasta seriam inicialmente transferidas pera o ministério da Educação. A decisão de Temer ocorreu no âmbito da reforma administrativa que ele implantou ainda durante a sua interinidade do cargo. Após reações de vários setores, Temer recuou da ideia e enviou nova MP para o Congresso recriando a pasta.
As idas e vindas do presidente foram lembradas hoje no plenário por integrantes da oposição. "Pasmem! Um País que apresenta uma proposta para acabar com o Ministério da Cultura quer que o seu povo não faça o resgate da sua história, da sua arte, das suas tradições, da sua diversidade, das riquezas culturais que têm no Brasil. Foi necessário que a sociedade se mobilizasse, principalmente, na parte artístico-cultural, e nós conseguimos com as nossas denúncias e com a pressão da sociedade convencer o governo de recolocar o tema da estrutura do Ministério da Cultura no nosso País", afirmou o deputado Bonh Gass (PT-RS).
Apesar das críticas de petista ao governo, a MP foi aprovada sem resistência de integrantes da oposição. "Nós já fizemos o entendimento para poder votar as medidas provisórias. Quero agradecer à Minoria pela compreensão de que nós temos nessas medidas provisórias, todas elas, prazos de validade. São medidas provisórias importantes para o País. Quero também aqui registrar e agradecer à Minoria pelo entendimento e compreensão", afirmou o líder do governo, André Moura (PSC-SE).
Secretaria das Mulheres
Os deputados aprovaram também destaque que prevê a recriação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres dentro da estrutura o Ministério da Justiça. O destaque, apresentado pelo PSDB, foi inserido na MP que recria o Ministério da Cultura. Durante a votação, integrantes da oposição chegaram a defender que a secretaria fosse recriada com status de ministério, como estava previsto no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Apesar dos apelos, não houve acordo que pudesse concretizar a mudança.