Câmara de Curitiba aprova cassação de vereador do PT
Renato Freitas foi acusado de quebra de decoro parlamentar após entrar em igreja durante manifestação
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A Câmara de Curitiba aprovou, em segundo turno, a cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT), nesta quarta-feira. Ele era acusado de quebra de decoro parlamentar após entrar, acompanhado de grupo de manifestantes, na Igreja do Rosário dos Pretos de São Benedito, em Curitiba, durante manifestação contra o racismo em fevereiro. O segundo turno da votação, que teve 25 votos favoráveis e cinco contrários, também deixa o vereador petista inelegível por oito anos.
A defesa de Freitas alega que sessão ocorreu de forma ilegal e deve recorrer à Justiça. Assim como na primeira sessão, nem o vereador nem um representante legal estiveram presentes e, com isso, o tempo disponível para defesa não foi utilizado.
Durante a votação desta quarta-feira, três vereadores se manifestaram. As parlamentares Carol Dartora e Professora Josete, ambas do PT, falaram em defesa de Freitas. Elas alegam que o processo foi motivado por racismo e que as alegações de que o vereador teria invadido a igreja e interrompido o culto já foram negadas. O parlamentar Alexandre Leprevost (solidariedade) argumentou desvio no discurso, uma vez que a motivação para cassação seria os atos de "desrespeito" do parlamentar cassado.
A cassação ocorre após a Câmara de Curitiba reverter na Justiça a decisão liminar que impedia a Casa de marcar as sessões. Inicialmente, a sessão aconteceria em 19 de maio.