Câmara dos Deputados convida Fábio Faria para explicar projeto de Elon Musk na Amazônia

Câmara dos Deputados convida Fábio Faria para explicar projeto de Elon Musk na Amazônia

Empresário pretende montar rede de satélites para conectar 19 mil escolas em áreas rurais e monitorar floresta no Norte do Brasil

R7

Fábio Faria salientou objetivo de realizar leilão em outubro

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A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira dois requerimentos de convite ao ministro das Comunicações, Fábio Faria, para que ele dê explicações sobre um projeto que o empresário Elon Musk pretende lançar no Brasil para conectar 19 mil escolas em áreas rurais e promover um monitoramento ambiental na Amazônia.

No mês passado, Musk anunciou no Twitter que usaria a sua rede de satélites, a Starlink, para oferecer internet à região amazônica. O compromisso foi reforçado durante a visita dele ao país, no último dia 20, quando teve uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do governo federal.

Os deputados da comissão questionam como esse programa será implementado, por isso convidaram Faria para detalhar o projeto. De acordo com um dos requerimentos aprovados pelo colegiado, há uma série de "questões graves" em aberto. Os parlamentares querem saber, por exemplo, quais serão os recursos públicos envolvidos e qual será o processo licitatório para efetivação das iniciativas.

Outros pontos que os deputados querem esclarecer são as salvaguardas que estão previstas em relação a uma possível comercialização e vazamento de dados estratégicos da Amazônia e como se dará a integração das iniciativas anunciadas por Musk com órgãos e políticas públicas que já vêm sendo desenvolvidas pelo Estado brasileiro no setor de comunicações.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), uma das integrantes do colegiado que pediu o convite de Faria, disse que "parcerias, especialmente tecnológicas, são bem-vindas, desde que sejam uma via de mão dupla, com transferência de tecnologia e reforçando nossos programas já existentes". "Nos preocupa especialmente a questão da soberania nacional e o controle e supervisão das informações coletadas por esta rede de satélites", opinou.


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