Câmara vota urgência de piso da enfermagem na próxima semana

Câmara vota urgência de piso da enfermagem na próxima semana

Lira afirmou que decisão visa dar sinalização à categoria de que a Casa está tratando a questão com seriedade

R7

Presidência da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após reunião dos líderes

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (17) que vai pautar na próxima semana a votação da urgência do projeto de lei do Senado que institui piso salarial para enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras. Com a urgência, a matéria tramita com mais celeridade na Casa.

"Vamos votar urgência na próxima semana para dar uma sinalização à categoria que nós estamos tratando com seriedade, com respeito esse tema, mas também estabelecemos o compromisso de um cronograma de cinco semanas para que, com o Senado Federal, a gente encontre maneiras de subsidiar e suportar o aumento que será dado na carga dessas instituições que fazem saúde no Brasil", afirmou, após reunião do colégio de líderes. Com isso, o projeto em si será votado em abril.

Lira ressaltou que o assunto tem sensibilidade, e que a Câmara criou um grupo de trabalho para avaliar o impacto do piso assim que o projeto foi aprovado no Senado. O grupo entregou uma auditoria apontando que o custo de instituições de saúde poderá aumentar em R$ 16,3 bilhões com a aprovação da proposta.

"Depois desse impacto, nós decidimos conversar com a categoria para demonstrar nossa preocupação e respeito por eles, mas, ao mesmo tempo, a nossa preocupação com a manutenção do emprego e o funcionamento, principalmente, dos hospitais filantrópicos e da rede pública que não têm, com certeza, as condições de suportar esse aumento", ressaltou Lira.

Por isso, foi estabelecido em reunião dos líderes um cronograma de trabalho para encontrar uma fonte que dê subsídio a esse aumento, "principalmente para esses hospitais filantrópicos e públicos", segundo o presidente da Câmara.

De acordo com ele, essa construção será feita em conjunto com o Senado. "O Senado votou essa matéria e nos enviou. Nós ficamos aqui com essa situação de um projeto com um impacto de R$ 16 bilhões a R$ 18 bilhões que afetariam muitas instituições e a vida dos que estão envolvidos", ressaltou. 

"Temos que procurar definitivamente ter a responsabilidade de atender a quem precisa sem deixar que esse ônus fique sempre para o galho mais fraco, as instituições", diz Arthur Lira.


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