Cúpula do PMDB irá se reunir com PT para definir alianças
Segundo ministro da Casa Civil, há possibilidade do PT abrir mão de lançar candidatos em até seis estados
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Devem participar do futuro encontro, possivelmente em Brasília, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e
outros integrantes das bancadas dos dois partidos. O peemedebista disse que há uma possibilidade de o PT abrir mão de lançar candidatos em até seis estados para apoiar nomes do PMDB. "Por aí a gente vai avançar e vai 'distensionando' essa crise que é normal dentro da vida pública, na política", afirmou, ao admitir que um dos principais motivos da "tensão" com os petistas são as alianças regionais.
Contudo, o presidente do PMDB não disse se o acerto da aliança de peemedebistas e petistas nos Estados envolveria Rio de Janeiro e Ceará, Estados onde as divergências entre os dois partidos são maiores. No Rio, o PT quer emplacar o nome do senador Lindbergh Farias, mas o PMDB aposta no atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão, para concorrer ao governo do Estado. No Ceará, por sua vez, os peemedebistas lançarão o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira (CE), enquanto petistas querem apoiar um nome do grupo do atual governador Cid Gomes, do PROS.
Segundo Raupp, a presidente se mostrou esta manhã "aberta" às conversações quanto às alianças regionais. O presidente do PMDB frisou que, em nome da aliança nacional - o partido detém a vice com Michel Temer -, o parceiro preferencial do partido nos Estados é o PT. "As conversas estão abertas, não podemos dinamitar as pontes. As pontes têm que sempre estar intactas para continuar avançando", afirmou. Para Raupp, em relação à tensão da bancada da Câmara, em que alguns integrantes pregam o rompimento da aliança com Dilma, o momento é de "deixar a poeira assentar, dar um tempo". Ele também disse que não crê que a crise com a Câmara chegue à bancada do Senado.
O presidente do PMDB negou que o partido esteja fazendo uma "crise artificial" com o governo para acelerar a reforma ministerial. Segundo ele, a reforma tem "um tempo" e os ministros que são candidatos em outubro têm
até 3 de abril para deixarem os cargos. "O PMDB, como partido, não fica pleiteando (ministérios). A indicação de ministérios é de competência exclusiva da presidente da República", frisou. Raupp disse que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), um dos cotados para ganhar uma pasta na Esplanada dos Ministérios, só assumiria um ministério se fosse para ser uma "solução". "(Vital) não seria ministro para desagregar", destacou.