Cancelada sessão da Assembleia após protestos

Cancelada sessão da Assembleia após protestos

Presidente da Casa alegou falta de segurança em virtude de bloqueio de servidores

Correio do Povo

Protestos fez com assembleia fosse cancelada

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum (PMDB), anunciou o cancelamento da sessão de votação desta terça-feira. O parlamentar alegou falta de segurança em razão dos bloqueio dos acessos à Casa promovido por manifestantes desde o começo da manhã. "Infelizmente, não tivemos acesso à Casa e por isso estou cancelando as atividades. A proibição de hoje impediu que um cidadão pudesse visitar a Assembleia, que os funcionários chegassem para o trabalho e que os parlamentares cumprissem com o seu papel. A democracia não funcionou hoje e nós estivemos, desde o começo do dia, dispostos a dialogar", lamentou o deputado.

"Trabalhamos para evitar o conflito, o confronto. Sempre respeitamos o sindicatos e seus associados, mas no instante em que não é cumprido o acordado, fecha-se o diálogo", disse Brum. O parlamentar evitou comentar os projetos encaminhados pelo governo do Estado. "Não quero entrar no mérito dos projetos. O que eu tenho que fazer é garantir que os 55 deputados consigam exercer seu trabalho na sua plenitude. Meu papel é defender a segurança do parlamento e das pessoas que trabalham nele". 

Em reunião com o deputado e líderes de bancada, dirigentes sindicais chegaram a acertar, no início da tarde, que os servidores liberassem o acesso à Assembleia Legislativa, bloqueado desde o início da manhã. Apesar do acordo, os manifestantes voltaram a impedir a entrada dos deputados no prédio. Com isso, o grupo de parlamentares retornou à Casa Rosada (Memorial do Legislativo), na rua Duque de Caxias.

Bloqueio e confusão com seguranças

O protesto começou na manhã desta terça. Funcionários que chegavam para o trabalho eram impedidos de ingressar no prédio do Legislativo. Os manifestantes utilizaram cadeiras de praia para bloquear a entrada da Casa e chegaram a entrar em confronto com seguranças do prédio.

A confusão começou no momento em que Edson Brum tentava deixar o prédio, mas foi impedido por alguns manifestantes. Os ânimos exaltados motivaram um empurra-empurra, que só foi contornado quando outros servidores decidiram separar colegas e evitar um tumulto ainda maior. A Brigada Militar (BM) e o Batalhão de Operações Especiais chegaram a ser acionados.

Projetos polêmicos na pauta

Vinte projetos de lei estão prontos para serem votados na Assembleia Legislativa nesta semana. Dez deles, encaminhados pelo governador José Ivo Sartori (PMDB), tramitam sob regime de urgência. Entre eles estão o que institui o regime de Previdência Complementar para servidores e os que pedem a extinção das Fundações de Esporte e a Fundação de Pesquisa em Saúde.


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