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Verão

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Cassado, Deltan Dallagnol faz última aparição na Câmara, com plenário vazio

Mesa Diretora da Casa declarou perda do mandato do ex-procurador da Lava Jato

| Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados / CP

No último dia oficial como deputado federal, Deltan Dallagnol (Podemos-PR) permaneceu a maior parte do tempo isolado, contemplativo e acolhido por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apenas a presidente do Podemos, Renata Abreu, estava no gabinete do ex-coordenador da Lava Jato, localizado no 7º andar do Anexo 4 da Câmara dos Deputados, quando Dallagnol recebeu a notícia da confirmação da cassação pela Mesa Diretora da Casa.

Por volta das 19h dessa terça-feira, Deltan desceu para o plenário. Na tribuna, o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) discursava em defesa do colega cassado. Ali, Dallagnol foi abraçado por Adriana Ventura (SP) e Marcel van Hattem (RS), ambos parlamentares do Novo.

O ex-procurador da Lava Jato foi cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 16 de maio. Segundo a Corte, Dallagnol antecipou a saída do Ministério Público Federal (MPF) para evitar eventuais procedimentos administrativos disciplinares e contornar, assim, a Lei da Ficha Limpa.

Nessa terça, o deputado cassado passou boa parte do tempo observando os discursos solidários dos poucos colegas presentes. A assessoria de Dallagnol fazia lives gravando as falas dos colegas e as dele próprio. A que teve o maior número de visualizações foi durante a entrevista dada à imprensa na frente do seu gabinete, por volta das 18h30min — 13 mil pessoas assistiram. Os emojis mais usados pela audiência eram os de choro e de coração.

A última live foi o "ato final" no plenário. Já com o ambiente vazio, ele posou para fotos, fez um último registro com quatro de seus assessores e perguntou para a funcionária se deveria fazer uma transmissão. "Acho que seria uma boa para falar com as pessoas", disse o deputado, que logo foi gravar. 

Dallagnol foi o último parlamentar a deixar o plenário da Casa, já por volta das 21h. "A gente é um país em que está acontecendo uma inversão de valor. A gente é um país da integridade, e o que a gente vê é um grande retrocesso", afirmou. Nos últimos minutos, o ex-deputado voltou para o gabinete com o resto da equipe para a última atividade. Saíram da Câmara às 22h para um jantar juntos — os assessores levavam malas.

R7