CCJ adia decisão sobre rito de cassação de Cunha para quarta
Colegiado vê votação como mais uma manobra de Eduardo Cunha para atrapalhar andamento do processo
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A reunião da CCJ estava marcada para às 14h30 de hoje. Logo no início, PT, PCdoB, PSDB, DEM e PR anunciaram obstrução à pauta, para impedir a votação das matérias previstas. Pouco depois, os representantes das legendas conseguiram um acordo para adiar a decisão do colegiado.
A consulta encaminhada por Maranhão se dá na reta final de votação do pedido de cassação do mandato do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e é vista por integrantes do colegiado como mais uma manobra de Cunha para atrapalhar o andamento do processo.
Nessa segunda, o relator da consulta, deputado Arthur Lira (PP-AL), apresentou um parecer em que defende que seja submetido ao plenário um projeto de resolução, em vez do relatório elaborado pelo Conselho de Ética com o resultado da votação no colegiado.
Lira também respondeu afirmativamente ao questionamento de Maranhão sobre a possibilidade de apresentação de emendas no plenário pelos parlamentares, desde que não prejudiquem o representado, sob pena de “de violação da ampla defesa prevista no § 2º do Artigo 55 da Constituição”.
Além disso, Maranhão perguntou à CCJ se o projeto for rejeitado na votação em plenário, qual será o procedimento seguinte: se vota o texto da representação originalmente apresentada ao Conselho de Ética contra o parlamentar ou se a representação é arquivada.
Lira respondeu que, caso o projeto seja rejeitado, ele defende o seu arquivamento e a “consequente absolvição do parlamentar processado.”