Com Bolsonaro de padrinho, frente parlamentar Invasão Zero é lançada em Brasília

Com Bolsonaro de padrinho, frente parlamentar Invasão Zero é lançada em Brasília

Colegiado é decorrência da CPI do MST e presidido pelo deputado federal gaúcho Luciano Zucco

Jair Bolsonaro e a senadora Tereza Cristina (PP) participaram do lançamento da frente

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Decorrência do encerramento da CPI do MST, foi instalada nesta terça-feira a Frente Parlamentar Mista Invasão Zero. A instalação do colegiado, que afirma ter o objetivo principal a defesa do direito de própriedade, contou com a presença do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, nomeado "padrinho" da frente. 

“Aquele que não respeita a propriedade privada é inimigo político nosso, não é nosso adversário”. Bolsonaro também criticou o desequilíbrio entre os Poderes, em uma crítica direta ao Judiciário. “Temos que buscar a igualdade, cada um tem que entender o seu lugar. Não é porque um poder tem mandato vitalício que vai se sobrepor aos demais”, afirmou.

O deputado federal Luciano Zucco (Republicanos-RS), que preside a frente, frisou que o colegiado será o principal fórum legislativo de debates, articulação e "muita pressão contra o avanço do terror" no campo e na cidade.

“Seremos implacáveis no combate ao MST, FNL, MTST e todos aqueles que insistem em desrespeitar as leis. Intransigentes contra todas as invasões, em respeito ao direito de propriedade, cláusula pétrea de nossa Constituição”, disse. O parlamentar entende que o agronegócio brasileiro representa a grande mola propulsora do desenvolvimento e da segurança alimentar em nível global.

Zucco também entregou ao vice-presidente da Câmara, deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP), uma lista de projetos que endurecem as penas contra os invasores de propriedades. Batizado de "Invasão Zero", esse pacote legislativo reúne propostas apoiadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Entre os projetos encaminhados, destaque para o que veda a concessão de benefícios sociais, crédito agrícola ou nomeação para cargos públicos para quem participa de invasões, impedindo até mesmo a inclusão em programas relacionados à Reforma Agrária.

Outras propostas classificam como terrorismo os atos violentos contra propriedades públicas e privadas e permitem a ação da polícia, sem a necessidade de ordem judicial, para retomada de propriedades invadidas.

Na oportunidade, também foi apresentado um trecho do documentário sobre os quatro meses de trabalho da CPI do MST e realizado o lançamento do livro “Da Terra ao Pó: a CPI que revelou o terrorismo do MST”, coletânea de artigos dos parlamentares de oposição que participaram da comissão.

Nas últimas semanas, o MST retomou a agenda nacional de invasões, paralisada temporariamente pela exposição do movimento perante à CPI. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram casos de violência e aumento da tensão no campo.


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