Com derrota judicial, CPI da Educação votará relator na próxima semana

Com derrota judicial, CPI da Educação votará relator na próxima semana

Presidente da comissão entrou com mandato de segurança para manter a indicação de Roberto Robaina para o posto. Justiça indeferiu o pedido

Flávia Simões*

Governo deverá indicar, agora, nomes para disputarem a relatoria

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A CPI da Educação comandada pela oposição na Câmara de Porto Alegre, após derrotas na justiça, deverá votar o relator da comissão na próxima semana. A presidente da CPI, Mari Pimentel (Novo), havia entrado com mandato de segurança para manter a indicação do nome de Roberto Robaina (PSol) para relatar os trabalhos, a ação, entretanto, foi inderida. Outro mandato também havia sido protocolado por Robaina, mas também não foi adiante no Judiciário. Com isso, a presidente deverá abrir a votação para relatoria da CPI na próxima semana. Os vereadores Claudio Janta (Solidariedade), Roberto Robaina, Comandante Nádia (PP) e Mauro Pinheiro (PL), que já é relator da comissão comandada pelo governo, se inscreveram. Os vereadores da base são maioria na Casa.

Anteriormente, vereadores da base do governo já haviam, através de requerimento protocolado na Mesa Diretora, pedido a retirada de Robaina da relatoria. O argumento utilizado foi de que a "nunca antes na Casa a relatoria havia sido decidida sem que ocorresse votação". 

O movimento barrou as oitivas das servidores Mabel Luiza Leal Vieira e Michele Bartzen Acosta Schroder previstas para a sessão desta segunda-feira.  Ambas estiveram envolvidas na compra dos materiais, motivo de investigação da CPI. Na tribuna, Robaina acusou o a base de entrar com requerimento para que as escutas não fossem feitas. 

Também em sessão nesta segunda, novamente se pleitou a unificação de ambas as CPIs. Ainda que Janta tenha defendido a manutenção de Mari Pimentel na presidência dos trabalhos, demais vereadores da base não se manifestaram sobre a o assunto, ainda que tenham afirmado na tribuna que o ideal seria apenas uma comissão para tratar da investigação de supostas irregularidades cometidas pela secretaria da Educação.

Depois de sessões regadas a embates, dedo em riste e bate-boca, os ânimos se contiveram em reunião desta segunda. O líder do governo e presidente da outra CPI, Idenir Cecchim (MDB), afirmou ter "solidariedade" com a presidente, por sua "boa vontade, diálogo e coerência". Nas últimas reuniões, Cecchim acusou Mari, mais de uma vez, de ser "ditatorial". Ambos protagonizaram suscetivas discussões. 

Mauro Pinheiro, que também teve papel ativo nos conflitos, chegou a requerer a suspensão do mandato de Mari por 60 dias. Segundo o vereador, o movimento "não é pessoal", mas se deu pela ausência da presidente em seguir o regimento e comandar votações sem que houvesse quórum. "Eu me senti na obrigação de se fazer seguir o regimento. Não é nada contra a Mari " disse. E complementou: "na CPI ela se perdeu, não é nada pessoal". 

*Supervisão de Mauren Xavier


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