Com foco no incentivo ao empreendedorismo feminino, Silvana Covatti assume Procuradoria da Mulher na ALRS

Com foco no incentivo ao empreendedorismo feminino, Silvana Covatti assume Procuradoria da Mulher na ALRS

A deputada ficará no período de 2024/2025. Ela substitui no cargo a deputada Patrícia Alba

Flávia Simões

Silvana Covatti, primeira mulher a presidir a ALRS, assumiu a Procuradoria Especial da Mulher nesta terça-feira

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O salão Júlio de Castilhos estava lotado para acompanhar a posse de Silvana Covatti como procuradora especial da mulher na Assembleia Legislativa. A deputada, que foi a única e primeira mulher a presidir a Casa, assume a gestão pelo período de 2024/2025. As deputadas Eliana Bayer (Republicanos), Nadine Anflor (PSDB) e Kelly Moraes (PL) serão procuradoras adjuntas.

Mulheres das quatro regiões do Rio Grande do Sul lotaram o salão, de vereadoras a prefeitas e representantes de órgãos públicos, para acompanhar o evento. O ex-presidente do estadual do PP, Celso Bernardi, homenageado por Silvana, também compareceu. Ao assumir, a deputada fez questão de reforçar as bandeiras sobre qual sua gestão deve se empenhar: o estímulo da mulher da política e o apoio e incentivo para que as mesmas adquiram independência financeira. Nesta semana, a deputada – ao lado das 11 colegas de parlamento – devem participar de um palco no South Summit que apresentará um plano de governo para lançar as mulheres gaúchas no empreendedorismo.

Silvana Covatti, que estava na presidência do parlamento quando a procuradoria foi instalada, em 2016, relembrou o momento, homenageando a deputada Stela Farias (PT), idealizadora do movimento. "Não foi fácil para nós aprovarmos na mesa a instalação. A Stela persistiu e não sossegou". Nesse sentido, fez um chamado para participação feminina na política partidária. "As mulheres têm, sim, que fazer parte das decisões do seu município". Finalizando, pregou a união feminina. "A mulher não pode ter ciúme da mulher. A mulher tem que incentivar a mulher e estar ao lado das mulheres", afirmou. "Somos 50% da população e mães da outra metade".

Passando o bastão para Silvana, Patrícia Alba (MDB) comemorou os feitos da sua gestão, em especial o estímulo a abertura de nove procuradorias em Câmaras de Vereadores pelo Estado. Número que só não foi maior, afirma a deputada, em função do machismo. Atualmente, 55 municípios possuem Procuradoria da Mulher nas suas Câmaras, a próxima está prestes a ser aberta, em Glorinha. Mas foi sobre a violência contra as mulheres e o incentivo a participação de mulheres na política que Patrícia decidiu debruçar-se. Afirmou que o estado vive uma "epidemia de feminicídio" e pediu que os esforços de sua sucessora continuem no sentido de promover ações para combater essa violência e fazer com que "a sociedade não cale".

Assim como Silvana, fez um chamado público para que as mulheres, ainda pouco representadas na política, ocupem esses espaços, "conclamando" as presentes a não só entrarem para o meio, como "levarem a semente para outras mulheres". "O futuro dos nossos filhos e dos nossos netos depende de posições políticas. Ou estamos dentro da política tomando essas decisões, ou alguém vai estar decidindo isso por nós", disse.

Em breve mensagem, o vice-presidente da Casa, Paparico Bacchi (PL), homenageou as colegas e desejou: "gostaríamos de sair daqui com uma missão, de podermos, logo mais a frente, as mulheres serem 'três cepos do mundo'". "Um mundo comandado pelas mulheres seria um mundo muito próximo da perfeição", exclamou.

A escolha da coordenadoria da Procuradoria especial da Mulher na Assembleia é escolhida por meio de acordo entre as deputadas, semelhante à escolha da presidência da Casa, que ocorre por meio de rateio partidário.


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