Congelar reajuste do funcionalismo é justificável no momento, diz Barbosa
Proposta se mantém e o que muda é a entrada em vigor de janeiro para agosto de 2016
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"Estamos vivendo no Brasil hoje, no setor privado, uma situação de aumento de desemprego, em que reajustes salariais não têm se equiparado à inflação. No setor privado, está havendo uma redução real do salário neste momento de travessia, de dificuldades. Então, achamos que, neste momento, é plenamente justificável a proposta que o governo faz aos seus servidores", afirmou.
Segundo Barbosa, a média de remuneração do funcionalismo público é maior do que a do setor privado, e a proposta de reajuste para os próximos anos se mantém. O que muda, somente, é a entrada em vigor da proposta: passa de janeiro para agosto o aumento previsto para 2016.
"Do ponto de vista fiscal e macroeconômico, neste momento de travessia fiscal, de esforço para elevar a capacidade do resultado primário do governo federal, todos devem se envolver, todos estão fazendo a sua parte", acrescentou Barbosa.
De acordo com o ministro do Planejamentto, a proposta de negociação já está sendo encaminhada aos servidores e, como medida legislativa, será encaminhada ao Congresso Nacional.
Nelson Barbosa e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, apresentaram na tarde desta segunda-feira medidas para redução de gastos e aumento de receitas no Orçamento de 2016 que gerarão impacto de R$ 64,9 bilhões. O objetivo é alcançar superávit primário de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país), após o envio ao Congresso de peça orçamentária com previsão de déficit.
Em 31 de agosto, o Executivo entregou ao Congresso Nacional a proposta para o Orçamento de 2016 com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões. Uma semana depois, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito do Brasil de BBB- para BB+, retirando o grau de investimento do país. O grau é dado a países considerados bons pagadores e seguros para investir.