Conselho de Ética sorteia deputados para processo contra Jean Wyllys

Conselho de Ética sorteia deputados para processo contra Jean Wyllys

Deputado do Psol trocou acusações com João Rodrigues (PSD) na sessão plenária do dia 28 de outubro

AE

Conselho de Ética sorteia deputados para processo contra Jean Wyllys

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados fez na tarde desta quarta-feira o sorteio dos membros aptos a relatar o processo por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). A representação do PSD pode ter como relatores Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), Erivelton Santana (PSC-BA) e Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Caberá ao presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), escolher um dos três para proferir parecer prévio pela admissibilidade ou inépcia da ação.

Na sessão plenária do dia 28 de outubro, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) alegou que o colega do PSOL o teria ofendido, acusando-o de roubar dinheiro público. "Os deputados carregam, pelo próprio cargo, uma responsabilidade institucional que não pode ser pormenorizada e denegrida de forma generalizada. É preciso agora provar quem são os ladrões apontados pelo deputado", diz Guilherme Campos, presidente do PSD, na representação.

Rodrigues e Wyllys trocaram acusações no plenário após o deputado do PSD subir na tribuna para defender o projeto que muda o Estatuto do Desarmamento. "A sua vida pregressa eu não conheço. A sua experiência política eu sei. Tenho sete mandatos, fui três vezes prefeito. E tive a honra de ser o segundo deputado mais votado na história de Santa Catarina. Posso até ser criticado, mas vindo do senhor é elogio. Um parlamentar que defende perdão para drogas, que defende que adolescente pode trocar de sexo, mesmo sem autorização dos pais. Isso não é deputado, é a escória deste País, mas ocupa lugar como deputado", disse Rodrigues.

Na sequência da discussão, Wyllys lembrou que o parlamentar do PSD foi flagrado assistindo a um filme pornográfico no plenário. "Homens decentes não assistem a vídeo pornô em plena sessão plenária. Homens decentes não são condenados por improbidade administrativa por roubar dinheiro público, como o deputado foi. Portanto, quem não tem moral para representar o povo brasileiro é ladrão. Eu vou dizer uma coisa: qualquer programa de televisão é mais decente do quem rouba dinheiro do povo na sua administração pública. Qualquer programa de televisão é mais decente que deputado em vez de honrar o voto e o dinheiro público fica usando a sessão plenária para assistir filme pornô", disse Wyllys, para emendar: "Resta saber se seu vídeo pornô era hétero ou homossexual".

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