Corte italiana autoriza extradição e Pizzolato é preso

Corte italiana autoriza extradição e Pizzolato é preso

Ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado no processo do mensalão

Correio do Povo

Corte italiana autoriza extradição de Pizzolato

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A Corte de Cassação de Roma, na Itália, autorizou nesta quinta-feira a extradição de um dos condenados no processo do mensalão: Henrique Pizzolato. A informação é do jornal O Estado de São Paulo. Ele foi sentenciado a 12 anos de prisão no Brasil pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Logo após a decisão, o brasileiro foi detido.   

De acordo com o Estado de São Paulo, a Corte conseguiu reverter a decisão de primeira instância que impedia o retorno de Pizzolato ao Brasil e aceitou as garantias dadas pelo governo brasileiro de que o ex-diretor do Banco do Brasil terá a integridade física assegurada em solo brasileiro.

Conforme o jornal, a Interpol já foi acionada após a decisão e lançou uma operação no começo desta quinta-feira para deter Pizzolato. A organização informou que já tinha conhecimento do paradeiro do ex-diretor, mas, ao consultar a polícia italiana, percebeu que a informação não estava correta. A operação pode se transformar em mais uma caçada a Pizzolato.

O julgamento em Roma ocorreu nesta quarta, mas a decisão só foi anunciada na manhã de hoje. Pizzolato fugiu há um ano e cinco meses com passaporte falso.

Extradição negada em 2014


Em outubro do ano passado, a extradição de Pizzolato foi negada pela Corte de Apelação de Bolonha, por alegações de inadequação no sistema prisional brasileiro. Os magistrados italianos aceitaram os argumentos da defesa do réu, de que as condições das prisões brasileiras não atendem aos direitos humanos.

O Ministério Público Italiano e o do Brasil, atendendo a um pedido da PGR, recorreram da decisão. A alegação é de que há evidências de que o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, tem condições idôneas e seguras de acolhimento do ex-diretor.

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