Cortejo com o corpo do prefeito pelas ruas de Santa Cruz do Sul marca a despedida

Cortejo com o corpo do prefeito pelas ruas de Santa Cruz do Sul marca a despedida

Telmo Kirst morreu na noite de domingo, aos 76 anos, após ficar hospitalizado desde a manhã da última quarta-feira

Otto Tesche

O carro fúnebre saiu do Palacinho da Praça da Bandeira e seguiu até onde ficava o escritório de Telmo

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Um cortejo pelas principais ruas do Centro de Santa Cruz do Sul com o corpo do prefeito Telmo José Kirst marcou, no fim da manhã desta segunda-feira, a despedida do líder político. O carro fúnebre saiu do Palacinho da Praça da Bandeira às 11h e seguiu até a rua Gaspar Silveira Martins, onde ficava o escritório de Telmo. Depois houve o deslocamento pelas ruas Galvão Costa e Tenente Coronel Brito, onde estão as superparadas de ônibus, uma das obras do prefeito. Ao final, o deslocamento ocorreu até o Cemitério Católico São João Batista, onde ocorreu o sepultamento.

Telmo Kirst morreu na noite de domingo, aos 76 anos, após ficar hospitalizado desde a manhã da última quarta-feira. A confirmação do falecimento ocorreu pela Secretaria Municipal de Comunicação pouco antes das 22 horas. Ele fazia tratamento contra um câncer há dois anos, mas vinha sendo discreto sobre seu estado. No início da manhã da última quarta-feira, ele passou mal e foi levado de sua residência ao Hospital Ana Nery por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O velório teve início pouco antes das 7j desta segunda-feira, quando o corpo do prefeito chegou ao Salão Nobre do Palacinho. Até as 8 horas, a cerimônia foi exclusiva para a família de Telmo Kirst. Entre 8h e 9h a cerimônia foi aberta para amigos e pessoas próximas. Das 9h às 11h, admiradores puderam se despedir. O bispo diocesano dom Aloísio Alberto Dilli presidiu a cerimônia religiosa de despedida antes da saída do cortejo que levou o corpo pelas principais ruas da cidade. “Vamos adiante”, disse ele na cerimônia, fazendo menção às últimas palavras ditas por Telmo.

Um grande número de líderes políticos, empresariais e de outros segmentos participaram das despedidas ao prefeito. Em razão das medidas de distanciamento social por conta da pandemia, não foi permitida a permanência no espaço, apenas a passagem pelo local. Também muitas coroas com flores foram encaminhadas ao Salão Nobre do Palacinho. O sepultamento ocorreu às 11h30min, no túmulo dos pais, Cemitério Católico. Telmo Kirst deixou enlutados a esposa Tereza Cristina Sperb Kirst, os filhos Luciano Mário, Fernando José, João Paulo e Maria Tereza, quatro netos e demais familiares.

Tão logo houve a confirmação da morte do prefeito na noite de domingo, lideranças de todo o Estado e também nacionais se manifestaram de diversas formas lamentando a perda. Também em homenagem ao prefeito Telmo Kirst, o Palacinho da administração municipal recebeu iluminação na cor branca na noite de domingo e foi decretado luto oficial por três dias no município.

Kirst nasceu em Santa Cruz no dia 7 de abril de 1944 e estava no fim do segundo mandato como prefeito. A trajetória política começou como vereador com menos de 30 anos de idade e sete anos depois foi eleito deputado federal, permanecendo no Congresso Nacional por mais de duas décadas. Também foi vice-prefeito, secretário estadual de Transportes no governo Jair Soares (na década de 80) e secretário de Obras no governo Antônio Brito (na década de 90). No início dos anos 2000, ainda elegeu-se deputado estadual.

Também presidiu a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM). No primeiro ano de mandato como prefeito de Santa Cruz do Sul, em 2013, ele foi o mentor e primeiro presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (Amprotabaco) e também presidiu o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale). No ano passado, Telmo deixou o PP depois de mais de quatro décadas e assinou a filiação ao PSD.


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