Cpers promete não impor restrições a cinco cotados para a Secretaria de Educação

Cpers promete não impor restrições a cinco cotados para a Secretaria de Educação

Equipe de transição de Tarso Genro recebeu principais reivindicações da categoria

Estêvão Pires / Rádio Guaíba

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Integrantes da equipe de transição do governador eleito Tarso Genro se reuniram, nesta segunda-feira, com lideranças do Cpers para receber as principais reivindicações dos professores gaúchos. O encontro ocorreu a poucos dias do anúncio de quem irá comandar a Secretaria de Educação, após quatro anos de conflito acirrado entre a categoria e o governo estadual. O Cpers garante que não pretende impor restrição aos cinco nomes cotados para ocupar a função.

De acordo com a assessoria de Tarso, figuram na lista o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação, Jorge Almeida Guimarães; o vice-prefeito de Santa Cruz do Sul, Luis Augusto Campis (PT) - que ajudou a aproximar os petistas ao PTB através do apoio de Kelly Moraes a Tarso; além do ex-reitor da Uergs durante o governo OIívio Dutra, Jose Clóvis de Azevedo. Ainda são estudados os nomes da reitora da Unipampa, Maria Beatriz Luce, e do ex-reitor da UFRGS e cientista político Helgio Trindade.

"Não vamos interferir nas escolha do governo, e sequer omitir opiniões sobre os nomes", assegurou a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. Para a entidade, que historicamente conta com o apoio petista, contestações, contudo, serão feitas aos projetos que possam representar perdas trabalhistas. Entre possíveis medidas polêmicas, está a reforma da previdência, que Tarso, pressionado por setores do empresariado, poderá avançar.

"O Cpers precisa ter autonomia e independência em relação aos partidos, e, por isso, queremos negociar, mas se um governo insistir nos pontos da reforma da previdência, enfrentará nossa luta", disse Rejane, que foi eleita para função, com o apoio de correntes petistas e do Psol.

Segundo o Cpers, 17 reinvindicações foram apresentadas, nesta segunda, mas quatro tem prioridade: o cumprimento do piso nacional de R$1.312, projeto criado pelo governo Lula; a manutenção do plano de carreira - que Tarso só pretende definir através de consenso com o Cpers - e a contestação às políticas de meritocracia e Reforma da Previdência.

Diante de um cenário de futuras dificuldades, devido ao crescimento do número de aposentados, o governador eleito admitiu neste mês que poderá enfrentar resistência para alterar o regime previdenciário. Já quanto à meritocracia, a posição de Tarso é de que a avaliação por mérito deve ser feita junto as ações de governo, e não frente ao desempenho dos professores, como propôs a gestão de Yeda Crusius.

No encontro com a equipe de transição, o Cpers ainda apontou que enquanto novos concursos públicos não forem abertos, o Estado seguirá com falta de professores. A estimativa da entidade é de que o Rio Grande do Sul tenha hoje déficit de 7 mil profissionais, o que é negado pela atual gestão da secretaria de educação. Tarso prometeu, durante a campanha, realizar novas contratações, mas ainda nao estabeleceu datas para os concursos.

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