CPI da Funai aponta ilegalidade na demarcação de quilombo no RS

CPI da Funai aponta ilegalidade na demarcação de quilombo no RS

Comissão afirmou que Morro Alto não estava ocupado por descendentes de quilombolas

Correio do Povo

CPI da Funai conclui irregularidades na demarcação de quilombo no RS

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A CPI da Funai e Incra 2 mantiveram no relatório final de que foi ilegal a demarcação do quilombo de Morro Alto, no interior de Osório, no Rio Grande do Sul. De acordo com a CPI, o texto apontou irregularidades no processo de reconhecimento dos descendentes, pois o local não estava ocupado por quilombolas no dia promulgação da Constituição, em 1988, data temporal considerada pela comissão tanto para áreas de antigos quilombos como para indígenas

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“Se comprovou a busca por titulação de um território por pessoas que não remanescem de quilombo, causando uma série de sofrimentos morais e prejuízos patrimoniais a pessoas de bem, que adquiriram aquela terra com o suor de seus trabalhos no campo. No caso de “Morro Alto”, o Grupo de Trabalho constituído pelo Incra, em duas linhas e em poucos minutos, incorporou ao procedimento um estudo acadêmico produzido anos antes, tornando-o verdade absoluta”, apontou o relatório.

A área tem 4,3 mil hectares e quase 500 famílias consideradas descendentes de quilombolas. Outras 900 famílias de produtores rurais disputam o mesmo espaço. O processo de titulação das terras, ocupadas por fazendeiros, começou em 2004 e deu origem a diversas ações judiciais.

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